Na madrugada deste sábado (20), ataques israelenses na cidade de Gaza resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas, de acordo com informações de autoridades de saúde. Esse novo aumento da ofensiva acontece em um contexto de crescente insatisfação entre as nações ocidentais sobre a intensificação do conflito na região, com muitos países planejando reconhecer a soberania palestina na próxima Assembleia Geral da ONU.
Portugal anunciou que fará esse reconhecimento oficialmente no domingo (21). A nação se junta a outras, como Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Malta, Bélgica e Luxemburgo, que também estão se preparando para tomar essa medida nos próximos dias. Essa movimentação política ocorre enquanto Israel aumenta seus ataques, que buscam destruir a infraestrutura militar do Hamas, sem um prazo definido para a conclusão das operações.
Nos últimos 23 meses, os bombardeios israelenses causaram a morte de mais de 65 mil pessoas em Gaza, além de grandes destruições e deslocamento de cerca de 90% da população. Especialistas alertam para a gravidade da crise humanitária, com a cidade enfrentando sérios problemas de fome. O Dr. Rami Mhanna, diretor-geral do Hospital Shifa, destacou que entre os mortos estavam seis membros da mesma família, vítimas de um ataque a sua casa.
Além disso, o Crescente Vermelho Palestino revelou que cinco outras pessoas morreram em um ataque nas proximidades da Praça Shawa. O exército israelense, por sua vez, afirmou que ainda não pode comentar sobre os ataques específicos, mas que continua com ações para desmantelar as capacidades do Hamas, enquanto faz esforços para mitigar danos civis.
A situação na cidade de Gaza se agrava, com Israel forçando centenas de milhares de palestinos a se deslocarem para o sul, em busca de uma denominada zona humanitária. Muitos, no entanto, estão relutantes em deixar suas casas novamente, enfrentando fraqueza física e dificuldades financeiras. Agências de ajuda humanitária estão pedindo um cessar-fogo para que a ajuda possa ser entregue aos necessitados.
Recentemente, a Unicef revelou que carregamentos de alimentos terapêuticos destinados a tratar a desnutrição infantil foram roubados. O roubo foi realizado por homens armados que intimidaram os motoristas. Em resposta, o exército israelense responsabilizou o Hamas por desvios de ajuda humanitária, embora não apresente provas concretas.
Os números de vítimas em Gaza continuam a aumentar desde o início do conflito, com o Ministério da Saúde da região reportando que mais de 65 mil já perderam a vida desde o ataque desencadeado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
A crise humanitária se aprofunda e a troca de acusações entre os envolvidos no conflito continua. O que pode acontecer a seguir? Deixe sua opinião nos comentários.
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