Venezuela realiza treinamento militar para preparar civis diante de possível ataque dos EUA

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Neste último sábado, a Venezuela promoveu um treinamento militar nas ruas, visando preparar civis para uma possível agressão dos Estados Unidos. Essa mobilização ocorre em meio a ameaças do presidente Donald Trump, que prometeu consequências “incalculáveis” caso o país não aceite de volta imigrantes deportados.

O Exército se concentrou na principal avenida de um bairro que, no ano passado, foi palco de protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro. Durante a atividade, civis que se inscreveram voluntariamente aprenderam a manusear armas. Maduro havia convocado milhares de voluntários para treinamento nos quartéis e, neste fim de semana, ordenou que as Forças Armadas fossem aos bairros para oferecer instruções práticas.

Contudo, a adesão foi bem menor do que o esperado. Aproximadamente 25 blindados circularam por Caracas, interagindo com pequenos grupos de civis. Os militares realizaram workshops com cerca de trinta voluntários, ensinando desde manuseio de armas até conceitos básicos do “Método Tático de Resistência Revolucionária” (MTRR). As aulas incluíam técnicas de camuflagem, defesa pessoal, primeiros socorros e uma formação ideológica.

Além disso, embarcações de pescadores e da Marinha estavam presentes na costa venezuelana, conforme imagens veiculadas pela televisão estatal. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, destacou a importância do evento, dizendo que é um passo significativo na “revolução militar” que está sendo construída junto ao povo.

Nos últimos dias, os EUA mobilizaram oito navios de guerra no Caribe, alegando que o objetivo é combater o narcotráfico. Eles relataram a destruição de pelo menos três embarcações de supostos traficantes nas proximidades da Venezuela, resultando em 14 mortes. O governo venezuelano, por sua vez, acusa Washington de buscar uma “mudança de regime” para se apoderar dos recursos naturais do país.

Trump reiterou sua exigência para que a Venezuela receba de volta imigrantes, incluindo presos e pessoas de instituições mentais. Ele enfatizou que, caso isso não aconteça, a Venezuela enfrentará “um preço incalculável”. Desde 2019, as relações entre os dois países estão rompidas, mas a repatriação de imigrantes continua a ser um dos poucos pontos com canais de comunicação abertos.

Em meio a essa tensão, o canal de YouTube de Maduro foi removido da plataforma, sem uma justificativa aparente. O governo não se manifestou sobre o ocorrido, enquanto a mídia estatal Telesur anunciou que essa ação aconteceu durante as “operações de guerra híbrida” dos Estados Unidos.

Como você vê essa situação toda? Deixe sua opinião e vamos conversar sobre o que está acontecendo na Venezuela e suas implicações para a região.

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