Recentes investigações da Polícia Federal, do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil paulista revelam que barões dos combustíveis, suspeitos de fraude, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, estão utilizando “fundos caixa-preta” localizados na Faria Lima para ocultar um patrimônio milionário das autoridades.
Os empresários Mohamad Mourad e Roberto Augusto Leme, conhecido como Beto Louco, proprietários da Copape e da Aster, e Ricardo Magro, dono da Refit, estão entre os investigados. Tanto Mourad como Beto Louco são considerados foragidos no setor de combustíveis.
As investigações apontam que uma rede de postos avaliada em R$ 200 milhões, imóveis de luxo e refinarias de petróleo são mantidos em fundos sem qualquer transparência. Um caso semelhante envolve o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, que pode estar utilizando esses fundos para ocultar uma frota de aviões.
O Complexo Sistema de Fundos
De acordo com uma série de reportagens do Metrópoles, os empresários têm usado a estrutura de fundos dentro de outros fundos para proteger seus bens de dívidas. Essa estratégia está sob investigação, pois está ligada a atividades criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Um levantamento da reportagem identificou 177 fundos com patrimônio de R$ 55 bilhões, muitos dos quais sem auditoria. Desses, 68 têm como acionistas outros fundos, dificultando a identificação dos reais donos dos recursos.
Operações dos Grupos Copape e Aster
Mourad e Beto Louco usam a gestora de investimentos Altinvest para movimentar dinheiro relacionado à lavagem. O fundo Zurich, por exemplo, comprou um imóvel de R$ 2,5 milhões de Mourad e o vendeu no mesmo dia a uma empresa de um investigado pelo PCC.
Outro fundo, Mabruk II, fez negócios para Mourad, adquirindo usinas sucroalcooleiras. Na Operação Carbono Oculto, também foram investigados os 35 fundos da Trustee, administradora que opera vários fundos caixa-preta, manejando R$ 14 bilhões em patrimônio líquido.
Cenário Competitivo com Ricardo Magro
Ricardo Magro, que é alvo de investigações por sonegação fiscal, é o proprietário da Refit e tem um histórico de conflitos com Mourad e Beto Louco. Em 2024, um esquema envolvendo a TLiq Distribuidora foi descoberto, revelando conexões com o uso de fundos caixa-preta para ocultar operações.
O uso de fundos permitiu que Magro se livrasse de bloqueios judiciais, já que ele é um dos maiores devedores do país.
Investigação do Presidente do União Brasil
A Polícia Federal está apurando se Antonio Rueda utiliza fundos caixa-preta para esconder uma frota de aviões de alto valor. Os jatinhos, que podem estar ligados a Mourad e Beto Louco, são estimados em mais de R$ 60 milhões.
O fundo relacionado, Viena, alocou R$ 46 milhões em outro fundo chamado Bariloche, que está vinculado a diretores investigados por corrupção.
Reações e Situação Atual
Antonio Rueda negou qualquer envolvimento nas investigações, afirmando que seu nome foi citado de forma infundada. O Banco Genial e a Trustee também se pronunciaram, destacando que cumprem rigorosamente as normas de compliance.
Procurado, Ricardo Magro não comentou sobre as acusações. Enquanto isso, Mourad e Beto Louco seguem foragidos, eludindo as autoridades.
E você, o que pensa sobre esse esquema e os desdobramentos das investigações? Deixe sua opinião nos comentários.
Facebook Comments