Recentemente, as autoridades da província de Java Central interromperam a construção de uma igreja e de um complexo de turismo religioso na Indonésia, após a pressão de moradores e de grupos muçulmanos. A decisão foi tomada em 2 de setembro pelo Regente de Karanganyar e se refere à Igreja Cristã Immanuel e ao projeto Holyland Bukit Doa.
O regente alegou que havia temor de que a construção pudesse gerar conflitos sociais. “Esta suspensão visa manter condições favoráveis e evitar desentendimentos”, destacou. O governo municipal indicou que a obra só poderá prosseguir após a resolução dos problemas com a cidade local.
No dia 3 de setembro, a decisão foi repassada à Fundação Surakarta Anugerah, responsável pelo projeto. Autoridades afirmaram que o edifício em construção não seguia a licença original, que era apenas para a construção da igreja. “O que se vê é um local de turismo semelhante a uma mini-Jerusalém”, explicou Sarjono, porta-voz do Partido da Justiça Próspera.
Wawan Pramono, do Partido do Grande Movimento da Indonésia, reforçou que muitos moradores sequer estavam cientes da construção. O Fórum da Comunidade Islâmica também apresentou uma carta de objeção no início de agosto, resultando em reuniões com o governo para discutir o futuro do projeto.
Embora alguns moradores defendam a legalidade do projeto, o governo de Karanganyar expressou compromisso em garantir a conformidade das licenças. O Secretário Regional Timotius Suryadi mencionou que uma equipe de monitoramento será criada para supervisionar a obra.
Por outro lado, vídeos que circulam nas redes sociais destacam a oposição dos muçulmanos, considerando a construção um “desastre religioso”. Recentemente, a GosamTV compartilhou um vídeo em que líderes religiosos apelam para que o projeto seja abandonado.
A cerimônia de lançamento da primeira fase do Prayer Hill ocorreu em abril de 2024, com a presença de líderes religiosos e doadores, que expressaram esperança de que o complexo beneficie muitas pessoas. Essa disputa mostra a complexidade da convivência religiosa na região e levanta questões sobre como atender as demandas de diferentes grupos sociais.
E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão importante para a convivência na região.
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