Mulheres negras relatam caso de racismo em bar de Salvador após serem barradas na porta do estabelecimento

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Duas mulheres negras, Eisa e Aline, compartilharam uma experiência de racismo em frente ao bar Pirambeira, na Pituba, em Salvador, na noite do último sábado (22). Elas foram impedidas de entrar, enquanto clientes brancos conseguiam acessar o local sem problemas, conforme descreveram em um vídeo nas redes sociais.

Segundo o vídeo, Eisa e Aline chegaram ao bar por volta das 18h e ficaram na porta até as 21h sem conseguir entrar. Durante esse período, várias pessoas passaram, recebendo acesso liberado. “Foi frustrante. Não conseguimos entender por que não nos deixavam entrar, sendo que outros entravam antes e depois de nós”, relatou Eisa.

A recepcionista informou que não havia mesas disponíveis, mas as mulheres contestaram. “Percebemos que as pessoas estavam entrando mesmo sem mesa e ficando em pé”, destacou Eisa.

Ao questionar a recepcionista sobre a situação, Eisa afirmou ter sido tratada de maneira desrespeitosa. “Fui mal atendida por uma mulher branca que não quis ouvir minha queixa”, contou. Depois disso, a mesma recepcionista as convidou a entrar, mas o ambiente estava, de fato, lotado.

Depois de entrar, Eisa e Aline encontraram um espaço disponível. “Vimos que podíamos ficar ali, onde outras pessoas também estavam em pé”, disse Eisa. Um garçom, no entanto, informou que precisavam de permissão da recepcionista, que já havia permitido a entrada de outros clientes em situações semelhantes.

Ao retornarem à porta do bar, ouvindo outros relatos, foram informadas de que uma recepcionista comentou que tiveram “sorte” de conseguir se acomodar.

“Esses preconceitos me fazem reconsiderar ir à Pituba e a outros bares. Não é sobre dinheiro, mas sobre a cor de nossa pele”, desabafou Eisa.

No vídeo, Eisa também salientou: “Racismo não é mal-entendido, não é opinião: é crime.” Ela fez um apelo à reflexão dos frequentadores e amigos sobre o ocorrido, concluindo: “Saí para me divertir e voltei chorando”.

Essa situação traz à tona discussões importantes sobre equidade e respeito. O que você acha sobre esse relato? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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