O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que não haverá um Estado da Palestina. A declaração foi direcionada a líderes do Reino Unido, Austrália e Canadá, que reconheceram a soberania dos palestinos.
Essa mensagem também se aplica a outros líderes que devem discutir o reconhecimento do Estado palestino em uma reunião convocada pela França e Arábia Saudita nesta segunda-feira, na ONU. O presidente Lula estará presente no evento.
Netanyahu destacou: “Estou enviando uma mensagem clara para os líderes que reconheceram um Estado palestino após o horrível massacre de 7 de outubro. Vocês estão dando uma recompensa ao terrorismo.” Ele reiterou que não se permitirá a criação de um Estado palestino a oeste do rio Jordão.
Além disso, o primeiro-ministro prometeu expandir assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, o que dificultará ainda mais a formação do Estado palestino. “Durante anos, impedi a criação desse Estado terrorista, apesar da enorme pressão, tanto nacional quanto internacional”, ressaltou.
Antes disso, o Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou a declaração de reconhecimento do Estado palestino por países ocidentais, afirmando que tal ato desestabiliza a região e prejudica as chances de uma solução pacífica no futuro.
Mudança na Política Internacional
O reconhecimento do Estado palestino por Austrália, Canadá e Reino Unido mostra uma mudança significativa na política externa dessas nações. Nos últimos meses, diversos países aliados de Israel reconheceram a soberania palestina, especialmente após a intensificação da ofensiva militar israelense em Gaza, que começou após um ataque do Hamas em 2023.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou o reconhecimento do Estado palestino como um passo para reverter a esperança de paz entre palestinos e israelenses. Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá, e Anthony Albanese, da Austrália, também expressaram apoio à criação de um futuro pacífico para ambas as nações. Portugal também anunciou que reconheceria o Estado palestino neste domingo.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, mencionou que esses reconhecimentos são passos importantes para alcançar uma paz justa e duradoura conforme a legitimidade internacional.
Outros países podem formalizar esse reconhecimento na reunião da ONU marcada para segunda-feira, abordando a solução de dois Estados como a única saída para o conflito em Gaza. O governo dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, criticou essa iniciativa.
Conflito em Gaza
Israel iniciou uma nova ofensiva militar para tomar a Cidade de Gaza, visando combater o Hamas. Uma comissão de investigação da ONU afirmou que Israel estaria cometendo genocídio contra os palestinos, o que é negado pelo governo israelense.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamistas atacaram Israel, resultando em 1.219 mortes, a maioria civis. Em resposta, a campanha israelense vitimou mais de 65.200 palestinos em Gaza, também majoritariamente civis, conforme dados do Ministério da Saúde local.
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