A China acaba de implementar uma série de novas regras que limitam rigorosamente as atividades religiosas na internet. Agora, o ensino de lições bíblicas para crianças e a formação de grupos de jovens estão proibidos, segundo informações da revista de direitos religiosos, Bitter Winter.
Essas restrições são parte de uma tendência mais ampla do governo em controlar a vida religiosa no país. Segundo a publicação, essa é uma das tentativas mais tecnológicas de desassociar o sagrado do social na era digital. Hoje em dia, onde sermões são transmitidos online e orações fazem eco, a regulamentação surge como um severo ataque à liberdade religiosa.
O texto dos regulamentos, traduzido por Bitter Winter, destaca que apenas clérigos de organizações religiosas autorizadas podem pregar ou ensinar online. É necessário ter uma “Licença de Serviços de Informação Religiosa na Internet” para operar em sites e plataformas registradas.
De acordo com as novas regras, contas pessoais em redes sociais e transmissões ao vivo estão proibidas para fins de instrução religiosa. Além disso, o clero não pode usar sua identidade religiosa para atrair seguidores ou para autopromoção, e é vedada qualquer envolvimento com influências estrangeiras.
Uma inclusão crítica é a proibição específica de evangelizar menores de idade. O Artigo 10, por exemplo, decreta que é proibido incentivar crenças entre jovens pela internet e organizar qualquer tipo de educação religiosa ou acampamentos.
Entre as regras adicionais, a comercialização de produtos religiosos e a arrecadação de fundos para atividades também estão vetadas. Até mesmo o uso de inteligência artificial para disseminação de conteúdos religiosos é expressamente proibido.
A violação dessas normas pode resultar em penalidades severas, incluindo a suspensão de credenciais religiosas, o encerramento de contas online e até investigações criminais. Além disso, plataformas que hospedam conteúdos não conforme serão acionadas para restringir ou remover contas irregulares.
Essas novas regras configuram mais um passo na repressão ao espaço religioso na China, impactando diretamente a vida de muitos moradores e grupos religiosos no país. O que você acha dessa situação? Compartilhe sua opinião.
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