O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em uma entrevista para a PBS News, que Donald Trump decidiu não dialogar com o Brasil, o que considerou um erro. Essa falta de comunicação tem marcado a relação entre os dois líderes, que até agora se encontraram apenas em desentendimentos.
Durante a entrevista, Lula destacou que Trump optou por fortalecer suas relações com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ignorando o contato com o povo brasileiro. “Nunca conversamos antes por uma escolha dele. Na minha opinião, isso foi um erro”, disse Lula.
A tensão aumentou, especialmente após Trump responsabilizar Bolsonaro pela tentativa de golpe no Brasil, o que resultou em sanções contra o país. Lula reiterou sua crença de que “tudo se resolve numa mesa de negociação”, enfatizando que os diálogos são vitais e não devem ser evitados.
Além disso, Lula se posicionou contra a ideia de que há perseguições judiciais no Brasil, afirmando que a “presunção de inocência” é respeitada no país. Ele fez uma comparação com a Justiça dos EUA, sugerindo que se Trump tivesse passado por situações semelhantes à invasão do Capitólio, ele também seria julgado no Brasil.
Ao abordar sua futura candidatura à reeleição, Lula afirmou que se estiver com boa saúde, pretende se candidatar novamente. Ele acredita que os brasileiros não permitirão um retorno à extrema direita nas próximas eleições, ressaltando que já se sente bem posicionado nas pesquisas eleitorais.
Discurso na ONU
Lula está em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, onde fez um discurso enfatizando o conflito entre Israel e Palestina como um reflexo dos desafios enfrentados pelo multilateralismo. “O veto sabota a razão de ser da ONU”, disse o presidente, defendendo a necessidade de evitar que atrocidades se repitam.
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