O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), solicitou a prisão do empresário Rubens Oliveira Costa, que é considerado sócio de Antônio Carlos Antunes, o “Careca do INSS”. Em um depoimento nesta segunda-feira (22), Oliveira Costa negou as acusações, afirmando que nunca foi sócio de Antunes em qualquer empresa.

Gaspar pediu a prisão preventiva de Oliveira Costa, justificando o risco de fuga e a possibilidade de novos crimes, além da prisão em flagrante por suposta ocultação documental. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), indicou que o pedido deverá ser votado até o final da reunião, mas que pode ser reavaliado se Oliveira Costa decidir colaborar.

Segundo o relator, Oliveira mentiu durante seu depoimento e ocultou provas relacionadas ao esquema que desvia recursos de aposentados e pensionistas. Ele tem vínculos com várias empresas investigadas, incluindo Vênus Consultoria e Curitiba Consultoria, onde atuou como diretor financeiro.

As movimentações financeiras dessas empresas foram expressivas nos últimos anos. A Prospect Consultoria, por exemplo, movimentou mais de R$ 33 milhões em 2023 e mais de R$ 70 milhões em 2024. A ACCA Consultoria também teve movimentações relevantes, somando R$ 10 milhões em 2023 e R$ 30 milhões em 2024.

O relator enfatizou que a CPMI não aceitará impunidade e que, mesmo se Oliveira Costa for apenas um “laranja”, as investigações continuarão em busca dos responsáveis principais. Ele afirmou que Oliveira Costa participou de crimes sérios contra aposentados, que continuam sendo cometidos enquanto ele permanece impune.

Oliveira Costa, em seu depoimento, alegou que apenas atuou como administrador financeiro e desconhece as razões pelas quais investigações o apontam como sócio das empresas. Ele leu um documento afirmando ter deixado seu cargo no início de 2024, antes do início das investigações.

O pedido de prisão preventiva será avaliado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que Oliveira Costa possui um habeas corpus que o isenta de responder a perguntas que podem incriminá-lo. Caso outras evidências sejam apresentadas, a CPMI seguirá com as investigações.

E você, o que pensa sobre esse caso? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.