O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (22) o cancelamento de vistos de entrada para um grupo de autoridades brasileiras dos poderes Executivo e Judiciário. Esta medida afetará também os familiares imediatos dos punidos. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Nova York para abrir a Assembleia Geral da ONU.
Segundo o Departamento de Estado, a decisão é uma resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação visa o que Washington descreve como uma “rede-chave” de apoio ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso sobre a tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF).
As autoridades afetadas incluem:
- Jorge Messias – advogado-geral da União
- José Levi – ex-procurador da República
- Benedito Gonçalves – ministro do STJ e ex-corregedor eleitoral
- Airton Vieira – juiz auxiliar e assessor do STF
- Marco Antonio Martin Vargas – ex-assessor eleitoral de Moraes
- Rafael Henrique Janela Tamai Rocha – assessor judicial de Moraes
- Christina Yukiko Kusahara Gomes – chefe de gabinete de Moraes no STF
Além da suspensão dos vistos, o Tesouro dos Estados Unidos também aplicou novas sanções financeiras contra Alexandre de Moraes, sua esposa, Viviane Barci, e negócios vinculados à família, com base na Lei Magnitsky. Em resposta, Jorge Messias considerou a medida uma “agressão injusta” e reafirmou seu compromisso em atuar em favor do povo brasileiro, defendendo a independência do sistema de Justiça.
Até o momento, o governo Lula não se pronunciou oficialmente sobre o cancelamento dos vistos, embora tenha reagido às sanções financeiras impostas à família de Moraes.
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