Alvo da Carbono Oculto, Reag pedirá cancelamento de registro na CVM

A Reag Capital Holding anunciou que, em breve, deve protocolar um pedido de cancelamento voluntário de seu registro como companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A decisão foi aprovada por seus acionistas em uma assembleia realizada na última segunda-feira.

Segundo a empresa, essa medida faz parte de uma estratégia para simplificar sua estrutura corporativa e concentrar esforços nos negócios onde possui maior diferencial competitivo. Recentemente, a Reag vendeu a Reag Investimentos e iniciou um acordo com a Planner, o que também motivou o cancelamento do registro.

A empresa justificou: “Após essas transações, a manutenção do registro como companhia aberta deixou de fazer sentido”.

Renúncia de membros do conselho consultivo

No início de setembro, a Reag revelou que seu conselho consultivo foi desfeito após a renúncia coletiva de todos os seus membros. Essa instância, embora não obrigatória, prestava assessoria ao Conselho de Administração, que agora assumirá suas funções.

Impacto da Operação Carbono Oculto

A Reag Investimentos é uma das empresas que foram alvo da Operação Carbono Oculto, realizada pela Receita Federal. A operação visa desmantelar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, ligado ao grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC). A Reag é considerada uma das principais gestoras independentes do Brasil, com R$ 299 bilhões sob sua administração.

O fundador da empresa, João Carlos Mansur, também é conhecido por patrocinar o cinema Belas Artes em São Paulo. Além disso, a Reag fez sua estreia na B3 em janeiro de 2025, ao adquirir a GetNinjas.

operacao carbono 1

Negócios em análise

Atualmente, a Reag Capital Holding está em conversas para vender o controle da Reag Investimentos. A empresa confirmou que está discutindo com interessados, mas os nomes dos potenciais compradores ainda não foram divulgados. As tratativas estão sujeitas a acordos de confidencialidade, e não há garantia de que resultem em uma transação concreta.

Sobre a Operação Carbono Oculto

A Operação Carbono Oculto investiga fraudes na cadeia do setor de combustíveis que envolvem o crime organizado. Os criminosos utilizavam fintechs e fundos de investimento para ocultar bens e movimentar grandes quantias de dinheiro. A Receita Federal identificou que ao menos 40 fundos de investimentos estão ligados ao PCC, totalizando um patrimônio de R$ 30 bilhões.

Segundo a Receita, esses grupos utilizavam várias estratégias para fraudar o sistema e aumentar seus lucros, prejudicando consumidores e a sociedade. A Reag, por sua vez, negou qualquer envolvimento ilegal, destacando que seus controles internos são rigorosos e que manteve a regularidade nas operações.

Fique atento às novidades e opiniões sobre o desenrolar dessas investigações e as consequências para a Reag Capital Holding e seus investidores. O que você acha sobre essa situação? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe seu ponto de vista.

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