Na vida de Bolsonaro, o pior dos dias é qualquer dia

Para Jair Bolsonaro, um dia ruim se tornou a nova rotina a partir de 18 de julho de 2025. Nesse dia, ele foi colocado pela primeira vez em prisão domiciliar. Embora ainda pudesse sair de casa entre 6h e 19h, essa liberdade vinha acompanhada da humilhação de usar uma tornozeleira eletrônica e estar algemado.

A situação piorou em 4 de agosto, quando ele descumpriu medidas cautelares e foi definitivamente proibido de acessar redes sociais ou sair de casa, exceto para consultas médicas e sob escolta policial. Para piorar, não compareceu ao seu julgamento.

No dia 7 de setembro, Bolsonaro teve um breve alívio. Na Avenida Paulista, cerca de 42 mil pessoas, lideradas pelo pastor Silas Malafaia e o governador Tarcísio de Freitas, pediram sua anistia e criticaram o Supremo Tribunal Federal. Contudo, em 11 de setembro, o veredicto pesou sobre ele: 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado. Sem possibilidade de anistia ou indulto, ele ficará inelegível até quase os 80 anos e ainda terá que enfrentar outros julgamentos.

Apesar de tudo, o cenário se intensificou. No último domingo (22), após 20 anos, a esquerda tomou as ruas das capitais do país, reivindicando a luta contra a corrupção e, sem dúvida, Bolsonaro deve ter sentido a dor de ver isso.

Na segunda-feira (23), ocorreu um momento inimaginável: Trump, durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, não fez menção a Bolsonaro, mas mencionou Lula com simpatia, trocando até um abraço. Ao se deparar com Trump em 2019, Bolsonaro tentou se apresentar em inglês, mas não obteve resposta. Essa desconsideração só agrava sua situação.

Agora, conforme os dias passam, a figura de Bolsonaro se torna uma lembrança distante para aqueles que o apoiavam. Mesmo os que precisam do seu voto nas próximas eleições temem herdar sua crescente rejeição. Trump era sua última esperança e, com isso, cada novo dia pode se tornar o pior para Bolsonaro.

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