O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a importância da Medida Provisória (MP) 1.303, que visa encontrar alternativas para a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Durante uma audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, ele declarou que a aprovação da medida é fundamental para garantir o orçamento de 2026, evitando cortes em investimentos públicos e programas sociais.
Haddad alertou que, se a medida não for aprovada, o governo precisará realizar cortes nas despesas discricionárias, o que poderá afetar o próximo Plano Safra. Ele também afirmou que o incentivo às Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e às Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) será mantido, mesmo com a taxa de tributação proposta, já que atualmente esses papéis são isentos de Imposto de Renda.
O ministro explicou que o governo busca promover justiça tributária e direcionar recursos para a produção, evitando a especulação. A introdução de uma tributação sobre esses títulos oferece maior segurança ao Tesouro para administrar a dívida pública. No entanto, as conversas com o setor privado enfrentaram um obstáculo por causa da inclusão de uma alíquota de 7,5% sobre LCAs, LCIs e Letras de Crédito do Agronegócio (LCDs), que está travando as negociações.
A expectativa é que o relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), apresente o texto na Comissão Mista ainda nesta quarta-feira. Porém, há uma possibilidade de pedido de vista coletivo, o que pode atrasar a votação. Vale lembrar que a medida perderá validade se não for aprovada até 8 de outubro.
A MP enfrenta significativa resistência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que criticou a proposta, chamando-a de “MP Taxa Tudo”. Os integrantes da FPA argumentam que a nova taxa aumentará os custos de captação no setor agrícola e reduzirá a previsibilidade para os investidores. Originalmente, o governo previu uma tributação de 5% sobre os rendimentos de diversos títulos atualmente isentos, como LCIs, LCAs, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Cédulas de Produto Rural (CPRs), com vigência a partir de 2026.
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