Delegados começam a ser ouvidos em julgamento do caso Binho Galinha

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As audiências referentes ao julgamento dos réus da Operação El Patrón continuam em Feira de Santana. No segundo dia de audiências, três delegados, incluindo um federal, foram convocados pelo Ministério Público da Bahia para prestar depoimento como testemunhas de acusação.

Na terça-feira, foi a vez do delegado Geraldo Sérgio Silva, da Polícia Federal, esclarecer detalhes sobre o caso. Hoje, as audiências prosseguem com a participação de dois delegados da Polícia Civil da Bahia.

Além das testemunhas de acusação, estão previstas outras 77 para a defesa. O ex-deputado Binho Galinha, sua esposa Mayana Cerqueira da Silva, e o filho João Guilherme devem ser ouvidos por último. Segundo a TV Subaé, Binho Galinha esteve presente no Fórum Filinto Bastos, em Feira de Santana, nesta terça, acompanhando o desenrolar do julgamento. Ao todo, 14 pessoas foram denunciadas.

Fórum Filinto Bastos

Foto: Ed Santos / Acorda Cidade [Arquivo]

Conforme apuração do Bahia Notícias, a defesa de Galinha tentou adiar as audiências, alegando dificuldades em acessar documentos digitais do processo. Contudo, a juíza Márcia Simões Costa negou o pedido e determinou que a autoridade policial disponibilizasse a documentação em até cinco dias.

As audiências foram possíveis após a Primeira Turma do STF manter os efeitos da Operação El Patrón e negar, por unanimidade, um agravo regimental movido por Binho Galinha em 12 de setembro. Essa decisão aconteceu depois que o Supremo reverteu uma determinação do Superior Tribunal de Justiça que anulava as provas coletadas na operação contra o deputado e outros membros de uma milícia em Feira de Santana.

Klébber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, é apontado como um dos chefes de uma organização criminosa envolvida em diversas atividades ilegais, como extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro na região.

A Operação El Patrón foi deflagrada em 7 de dezembro de 2023. Na ocasião, dez mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de 33 mandados de busca e apreensão. Também ocorreram bloqueios de R$ 200 milhões das contas dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão das atividades de seis empresas.

Desde o início da operação, Binho Galinha nega qualquer participação nos crimes e afirma confiar na Justiça.

O desdobramento desse caso tem gerado grande expectativa entre os moradores da região. O que você pensa sobre o andamento do julgamento? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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