ONU atualiza lista de empresas vinculadas a colônias israelenses na Cisjordânia e identifica 158

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

A ONU divulgou nesta sexta-feira uma nova lista de empresas associadas ao desenvolvimento de colônias israelenses nos Territórios Palestinos, classificadas como ilegais de acordo com o direito internacional. No total, foram identificadas 158 companhias, a maioria delas israelenses.

Entre as empresas que continuam na lista estão Booking.com, Motorola Solutions e Trip Advisor. Sete companhias, incluindo a espanhola eDreams e a fabricante ferroviária francesa Alstom, foram removidas. Esta atualização incluiu 68 novas empresas em comparação com o registro de 2023.

O relatório, elaborado pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, reforça a importância de as empresas operando em regiões de conflito não contribuírem para violações dos direitos humanos. A maioria das companhias listadas está sediada em Israel, mas também há empresas do Canadá, China, França, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Esta é a primeira atualização significativa desde a publicação inicial da lista em 2020, que foi criada em resposta a uma resolução do Conselho de Direitos Humanos de 2016. A lista visa catalogar todas as empresas envolvidas em atividades relacionadas à construção e desenvolvimento de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O número total de empresas examinadas até agora foi de 215, em um total de 596 que estavam sob análise.

Desde a primeira divulgação em 2020, o Alto Comissariado esclareceu que a lista não deve ser interpretada como um processo judicial, especialmente considerando as preocupações de Israel sobre possíveis campanhas de boicote. Embora a atualização anual tenha sido prevista, a prática não havia se concretizado até agora.

Em 2023, a ONU publicou uma versão reduzida com 97 empresas, mas não havia conseguido determinar a inclusão de novas firmas. A atualização divulgada hoje é vista como a primeira completa desde 2020. Na época, Israel e os Estados Unidos demonstraram forte oposição, com o Ministério das Relações Exteriores israelense chamando a lista de “uma rendição vergonhosa às pressões de países e organizações que buscam prejudicar Israel.”

O que você pensa sobre as implicações dessa lista? Deixe sua opinião nos comentários.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

‘Zelensky não tem nada até que eu aprove’, diz Trump antes de reunião sobre Ucrânia

Trump afirma “Vamos ver o que ele tem” antes de reunião com Zelensky sobre fim da guerra na Ucrânia Antes da reunião diplomática para...

Papa Leão XIV pede paz no Oriente Médio e diálogo na Ucrânia

O Papa Leão XIV apresentou, diante de milhares de fiéis na Praça de São Pedro, sua primeira mensagem de Natal antes da bênção...

Coreia do Norte divulga primeiras imagens de submarino nuclear

Meta descrição: Coreia do Norte divulga imagens de seu submarino nuclear de 8,7 mil toneladas, com o casco quase concluído, e Kim Jong...