O influenciador e empresário Gabriel Spalone, de 29 anos, foi preso no último sábado ao chegar ao Aeroporto Internacional de Buenos Aires, na Argentina. Ele é investigado por um esquema de fraude que desviou aproximadamente R$ 146 milhões utilizando a plataforma de pagamentos Pix. A prisão foi possível após a inclusão de seu nome na Difusão Vermelha da Interpol, que permite a captura internacional de foragidos.

A operação contou com a cooperação da Polícia Civil de São Paulo e autoridades de Argentina, Panamá, Paraguai e Estados Unidos. Spalone havia sido detido no Panamá na sexta-feira, mas foi liberado porque não constava na lista de foragidos. Horas depois, ele foi capturado em território argentino e deve enfrentar um pedido de extradição para o Brasil.

A defesa de Spalone alega que sua prisão anterior no Panamá foi “ilegal e abusiva” e planeja recorrer na Justiça brasileira para revogar o mandado de prisão. O advogado Eduardo Maurício comentou que solicitará a exclusão do nome de Spalone da Interpol e apresentou uma denúncia à Corte Interamericana de Direitos Humanos, buscando que ele possa responder ao processo em liberdade.

O esquema de fraude

A investigação revelou um desvio milionário por meio de Pix indireto, modalidade que o Banco Central proíbe desde janeiro. Conforme apurado, empresas vinculadas ao influenciador realizaram mais de 600 transferências ilegais em um curto espaço de tempo, totalizando os R$ 146 milhões. Parte do montante foi recuperada pelo banco envolvido, mas estima-se que o prejuízo totaliza R$ 39 milhões. Dois outros suspeitos já foram presos no Brasil durante a operação.

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