O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua comprometido em cumprir as metas fiscais estabelecidas. Ele fez a declaração em um evento em São Paulo, ressaltando a importância de seguir os compromissos do arcabouço fiscal e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A meta fiscal do Brasil para 2025, segundo a LDO, prevê um resultado primário de zero, com uma tolerância de até 0,25 ponto percentual do PIB. Haddad destacou que o governo não está realizando um ajuste fiscal por meio da venda de patrimônio, mas sim buscando uma abordagem gradual e consistente.
“Essa recomposição da base fiscal em três anos é inédita. Desde que perdemos a base fiscal em 2014, a Fazenda não enfrentou esse debate ou não teve sucesso. Nós estamos enfrentando, e isso é bastante desgastante”, admitiu Haddad.
Ele comparou a situação atual com a realizada no início do Plano Real, quando ajustes eram feitos de forma global e com menos resistência. “Hoje, ao lidar com interesses específicos de grupos organizados, o barulho é maior”, disse.
“Nós preferimos o caminho mais difícil, de buscar justiça tributária e fazer quem não pagava, pagar.”
Durante o evento, Haddad foi questionado sobre o comprometimento do governo com a meta fiscal. Ele reafirmou que os objetivos estão sendo perseguidos e cumpridos. “Em 2023, deixei claro que a meta não mudaria em 2024, e cumprimos. O mesmo está ocorrendo neste ano. Estamos fazendo todo o possível para cumprir a meta da LDO”, afirmou.
Ele também mencionou que, apesar de alguns desafios no primeiro ano, como a prorrogação de benefícios fiscais indevidos, o governo não desistiu de perseguir a meta.
Crescimento com justiça social
Haddad enfatizou que o ajuste fiscal deve ser feito com justiça e inteligência. “Não podemos penalizar quem mais precisa do apoio do Estado e da sociedade. Essa busca por justiça deve guiar quem zela pelas contas públicas”, destacou.
O ministro acredita que o Brasil não pode estruturar suas contas públicas sem olhar para o crescimento econômico. “Não se trata de ser leniente com a inflação”, afirmou. Segundo ele, as reformas micro e macroeconômicas aprovadas nos últimos anos colocaram o Brasil em um novo patamar de potencial de crescimento.
“Estamos vendo um grande número de reformas que vão ampliar o PIB potencial do país. Não há razão para não crescermos mais. Podemos crescer na média ou acima da média mundial, como ocorreu nos dois primeiros mandatos do presidente Lula”, concluiu.
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