Na manhã da última segunda-feira, 29 de setembro, uma ossada humana foi encontrada em estado avançado de decomposição, em uma área rural de Mucuri, no Extremo Sul da Bahia. O corpo foi localizado na região do distrito de Ibiranhém, próximo a uma plantação de cana, perto da divisa com Minas Gerais.
A vítima, um homem com mais de 55 anos, pode ter falecido há mais de 20 dias. Segundo a Polícia Técnica, a ossada apresenta a falta de parte da arcada dentária e a amputação parcial de um dedo mínimo, indicando uma lesão antiga.
A identificação inicial enfrenta desafios. Apenas um dos dedos possui condições minimamente adequadas para a coleta de impressões digitais. Os demais estão muito ressecados, o que torna o procedimento inviável.
Alexson Magalhães, o perito responsável pela identificação, destaca que a localização do corpo em uma área de divisa sugere que a vítima pode ter registro civil em Minas Gerais. Isso pode complicar ainda mais a identificação pelas autoridades baianas.
Se não for possível identificar a ossada, o corpo será mantido na câmara fria do Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, aguardando a ação de algum familiar. Caso não apareçam interessados após 30 a 60 dias, o corpo será sepultado como indigente.
A Polícia solicita que qualquer pessoa com parentes ou amigos desaparecidos nos últimos 30 dias entre em contato com o DPT de Teixeira para reconhecimento. A vítima trajava uma camisa preta com verde-limão, com a numeração 7 e a inscrição “Univest”, além de uma calça preta social com a marca Cia do Terno na parte interna.
Tendo em vista que “Univest” e “Cia do Terno” são empresas que atuam em Teixeira, é provável que a vítima seja um morador do Extremo Sul.
O desdobramento deste caso levanta questões importantes sobre a identificação e o tratamento digno das vítimas. Se você tem informações ou pode ajudar, não hesite em se manifestar. A interação da população é fundamental para justiça e esclarecimento dos fatos.
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