O Ministério da Saúde do Brasil está em negociações com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da OMS, para garantir uma reserva estratégica do antídoto fomepizol. Esse medicamento é importante no tratamento de intoxicações por metanol e etilenoglicol, substâncias perigosas se ingeridas.
Atualmente, o fomepizol ainda não tem registro no Brasil. Isso restringe o seu uso em tratamentos às 32 unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), onde o único antídoto disponível é o etanol farmacêutico. Portanto, muitas emergências acabam por encontrar obstáculos no acesso a tratamentos adequados.
Essa iniciativa surge em um contexto de crescente preocupação entre as autoridades de saúde, especialmente após a confirmação de cinco mortes por intoxicação por metanol no estado de São Paulo. A suspeita é que essas mortes estejam relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas falsificadas. Além disso, há 22 casos de intoxicação notificados apenas em São Paulo, e suspeitas também em Pernambuco, indicando que a situação pode se espalhar.
O foco do Ministério é não apenas registrar o fomepizol, mas também aumentar a segurança e a disponibilidade de opções eficazes para tratar esses casos. Assim, as autoridades pretendem reforçar os estoques de antídotos no país.
E você, já ouviu falar sobre o fomepizol? O que acha das iniciativas de saúde pública para a segurança dos produtos que consumimos? Compartilhe sua opinião!
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