O pastor Robert Morris, fundador da Gateway Church em Southlake, Texas, foi condenado a seis meses de prisão após se declarar culpado de abusar sexualmente de Cindy Clemishire, que hoje tem 55 anos. O crime ocorreu na década de 1980, quando ela tinha apenas 12 anos.
Morris assumiu a responsabilidade por suas ações durante uma audiência no Tribunal do Condado de Osage, Oklahoma. Seu advogado, Bill Mateja, explicou que o pastor buscava não apenas encerrar o processo de forma rápida, mas também oferecer um sentido de conclusão para Cindy e sua família.
O abuso, que começou em 25 de dezembro de 1982 e se estendeu por quatro anos, foi revelado ao público em uma investigação que levou ao indiciamento de Morris em março. A Gateway Church também enfrentou críticas, pois uma investigação interna descobriu que muitos de seus líderes estavam cientes do abuso, mas não tomaram providências.
Recentemente, Cindy e seu pai, Jerry Lee Clemishire, processaram Morris e a igreja, alegando que tentaram minimizar o abuso, tratando-o como um “relacionamento” consensual. Cindy deixou claro em sua declaração que, aos 12 anos, não havia nenhuma possibilidade de consentimento e que aquilo não poderia ser chamado de um “relacionamento inapropriado”.
Além dos seis meses de prisão, Morris teve uma pena suspensa de 10 anos e deverá pagar US$ 270.000 em restituição. Ele também se registrará como agressor sexual.
A condenação de Morris levanta questões sobre a responsabilidade das instituições religiosas na proteção de suas comunidades e a necessidade de se enfrentar casos semelhantes com seriedade. A história de Cindy é um lembrete doloroso de que o silêncio não deve ser uma opção.
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