Marcio e Mauro Pereira Gabry são rostos conhecidos na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Considerados chefes de uma quadrilha envolvida no furto de petróleo em dutos da Transpetro, eles operaram por anos em várias regiões do estado.
Em julho deste ano, Marcio e um funcionário chamado Franz Dias Costa foram alvos de uma operação policial. Marcio, que havia sido preso em Além Paraíba, interior de Minas Gerais, foi abordado em 2 de julho. Franz, que já estava detido, teve seu mandado de prisão cumprido no mesmo dia, enquanto Mauro permanece foragido.
O Perfil dos Irmãos
Além do crime de furto de petróleo, Marcio já enfrentou problemas com a Justiça por jogos de azar. Em 2017, foi flagrado com máquinas caça-níquel em Três Rios. Um ano depois, seu nome apareceu em investigações relacionadas a roubos nos dutos da Transpetro, resultando em sua prisão na época.
Mauro, atualmente foragido, também acumulou duas prisões. A primeira em 2019 por furto de petróleo e a segunda em 2022, durante a operação “Ratoeira”, por fazer parte de uma organização criminosa. Franz, por sua vez, foi preso em 2017 por receber petróleo furtado, e em 2022, estava atuando como motorista para o transporte do produto roubado.
O Modo de Operação
Os irmãos eram conhecidos por sua atuação planejada e persistente ao longo dos anos. Em agosto do ano passado, um túnel de sete metros foi descoberto durante uma tentativa de furto de petróleo em Rio das Flores. O delegado Pedro Brasil alertou que, caso houvesse um vazamento, seria uma das maiores tragédias ambientais do país.
A quadrilha tinha uma logística complexa. Eles usavam veículos alugados em nomes de terceiros, movimentavam dinheiro por meio de “laranjas” e se comunicavam de forma criptografada para evitar a detecção pelas autoridades. Os furtos não se limitavam ao Rio e se espalharam para a Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
Um Marco na Luta Contra o Crime
Graças a um esforço integrado entre a Polícia Civil e a Transpetro, o Rio de Janeiro não possui atualmente nenhum esquema ativo de furto de petróleo nos dutos. Esta conquista é vista como um modelo de inteligência policial a ser seguido por outros estados, uma referência na luta contra esse crime que, por anos, ceifou recursos vitais do nosso país.
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