Neste sábado, 4 de outubro de 2025, centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades da Europa para exigir o fim do conflito na Faixa de Gaza. A mobilização também pedia a libertação dos ativistas detidos a bordo de uma flotilha humanitária interceptada por Israel, que levava auxílio ao território palestino.
Em Roma, o protesto se repetiu pelo quarto dia consecutivo, com os manifestantes levantando faixas e gritando frases como “Todos somos palestinos” e “Palestina livre”. A organização reportou uma multidão de 1 milhão de participantes, enquanto as autoridades italianas estimaram cerca de 250 mil.
Barcelona não ficou para trás, com aproximadamente 70 mil pessoas marchando em clima pacífico, de acordo com a polícia. Em Dublin, milhares lembraram “dois anos de genocídio” na Faixa de Gaza. A Irlanda e a Espanha têm sido particularmente críticas à ofensiva militar de Israel, que começou em resposta aos ataques do Hamas em outubro de 2023. Paris também viu demonstrações, com cerca de 10 mil pessoas se reunindo para apoiar a causa.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, condenou os atos de vandalismo contra uma estátua de João Paulo II em Roma, afirmando que os manifestantes deveriam promover a paz, e não atacar a memória de um defensor dessa causa. Entre os participantes, a aposentada Marta Carranza, de 65 anos, destacou que a política israelense está errada e que é preciso ir às ruas.
Em Madrid, a Delegação do Governo contabilizou 92 mil manifestantes. O estudante Marcos Pagadizabal, de 19 anos, ressaltou a obrigação de lutar pelos que realmente estão sofrendo. O chanceler espanhol, José Manuel Albares, mencionou que cerca de 50 espanhóis fazem parte da flotilha detida.
Na Irlanda, os manifestantes pediram sanções contra Israel e a inclusão dos palestinos em qualquer plano de cessar-fogo. O médico John-Paul Murphy, de 37 anos, comentou que qualquer proposta que não considere as vozes afetadas deve ser questionada. Em Londres, a polícia prendeu 355 pessoas durante uma manifestação que apoiava o grupo proibido Ação Palestina. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu a suspensão dos protestos após um ataque violento em uma sinagoga na última quinta-feira.
Esses protestos refletem um clamor crescente entre os moradores da Europa por justiça e solidariedade em relação ao povo palestino. O que você acha sobre essa mobilização? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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