Um esquema de corrupção na mineração em Minas Gerais foi descrito pela Polícia Federal (PF) durante a operação Rejeito como uma “ganância desmedida”. O cenário envolveu irregularidades em Licenciamento Corretivo e gerou revolta nas autoridades.
A PF afirmou que o grupo atuava com desprezo pelas leis e princípios de responsabilidade pública e ambiental. Em um relatório, destacaram a gravidade da situação e os impactos ambientais das práticas ilegais.
Deflagrada em 17 de setembro, a operação Rejeito investiga uma organização criminosa que lucrou cerca de R$ 1,5 bilhão por meio de corrupção de servidores em órgãos de fiscalização ambiental e de mineração. Essas ações levaram à obtenção de licenças fraudulentas.
Com essas autorizações, o grupo explorava minérios de ferro de forma irregular, incluindo em áreas tombadas e próximas de locais de preservação. A PF alertou sobre os riscos ambientais e sociais sérios dessa exploração.

A equipe policial identificou que a organização criminosa fazia esforços para atrapalhar as investigações e monitorar autoridades. Para isso, utilizavam diversas táticas para lavar o dinheiro obtido de suas atividades ilícitas.
As apurações mostraram que os envolvidos estavam confiantes em sua impunidade, o que contribuía para a continuidade de seus crimes. A PF destacou que essa autoconfiança motivava ações ilícitas sem respeito aos órgãos de controle.
Os investigados poderão enfrentar várias acusações, incluindo crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e obstrução das investigações.
A operação Rejeito foi uma das três ações programadas para combater crimes ambientais na mesma data. Outras investigações paralelas também ocorreram, resultando na prisão de figuras importantes, como o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM) e um ex-diretor da Polícia Federal.
As investigações começaram após a descoberta de irregularidades na licença ambiental de uma mineração na Serra do Curral, em Minas Gerais.
O que você pensa sobre a atuação da PF nesse caso? Confira os desdobramentos e compartilhe sua opinião nos comentários.
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