O ativista brasiliense Thiago Ávila, detido em Israel, ainda não tem data definida para retornar ao Brasil. Nesta segunda-feira, um novo grupo de 170 pessoas, que fazia parte da Global Sumud Flotilla, será deportado, mas não há informações sobre brasileiros nessa lista.
Enquanto está preso, Thiago comunicou às autoridades israelenses que não irá beber água até que medicamentos essenciais sejam entregues aos ocupantes da Flotilha. O barco seguia em direção a Gaza e foi interceptado por Israel na última quarta-feira.
Thiago relatou que os tripulantes da Global Sumud Flotilla estão sem acesso a medicamentos e cuidados médicos. O grupo tinha como objetivo estabelecer um corredor humanitário para a região.
Além de não se alimentar, Thiago está em greve de fome desde sábado, ao lado de outros três ativistas: João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles.
Até o momento, Nicolas Calabrese é o único brasileiro deportado. Ele foi liberado no sábado, devido à sua cidadania italiana e argentina. Ele deve chegar ao Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.
Nicolas, que vive no Brasil há mais de 10 anos, foi deportado para a Turquia com a passagem paga pelo consulado da Itália em Israel.
Treze brasileiros detidos
Treze brasileiros continuam detidos na Prisão de Ktzi’ot, centro de detenção em Israel. Os nomes incluem Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, a vereadora Mariana Conti (Psol-SP), Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, a deputada Luizianne Lins (PT-CE), João Aguiar e Miguel Castro.
Protestos em todo o Brasil estão previstos para esta semana, pedindo a libertação dos ativistas. Em Brasília, há dois atos programados para esta terça-feira: o primeiro na Embaixada dos Estados Unidos, às 9h30, e o segundo no Itamaraty, às 11h.
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