O curta-metragem San Marino, que estreia oficialmente em 1º de novembro de 2025, tem gerado debates nas redes sociais ao apresentar uma figura histórica como uma santa transgênero. Esta é a história de Santa Marina, que é conhecida na tradição católica como Marina, o Monge.
História e registros religiosos indicam que Santa Marina viveu no Líbano, no século 5. Filha única, perdeu a mãe na infância. Para que pudesse ingressar em um mosteiro, seu pai decidiu disfarçá-la de menino, apresentando-a como seu filho, Marino.
No curta, a interpretação de Santa Marina como uma pessoa transgênero traz à tona uma discussão importante. A visão oficial da Igreja Católica, no entanto, mantém que ela sempre foi uma mulher que assumiu a identidade masculina para viver com seu pai no mosteiro.
A narrativa oferece duas perspectivas: uma que rejeita a noção de identidade de gênero dissociada do sexo biológico, mas que também convoca à acolhida pastoral e à caridade em relação a todos.
Veja o trailer do curta, com estreia marcada para novembro de 2025:
A história de Santa Marina
No mosteiro, Marina passou a ser conhecida como irmão Marino. O disfarce durou toda sua vida, enquanto ela enfrentava uma rotina severa de penitência e práticas ascéticas.
A história de Santa Marina é também marcada por um caso de injustiça. Durante uma missão em uma aldeia, ela foi acusada pela filha de um homem de estupro. Para preservar seu disfarce, Marina permaneceu em silêncio, o que foi interpretado como uma confissão.
Em consequência, Marina foi expulsa do mosteiro e obrigada a cuidar da criança. Após anos longe do convento, recebeu permissão para retornar, mas sob condições degradantes.
A verdade sobre sua identidade foi descoberta somente após sua morte, quando os monges, ao preparar seu corpo para sepultamento, revelaram que Marino era, na verdade, Marina. Sua história está registrada na Legenda Áurea, onde se destaca como um exemplo de santidade, marcada por paciência e obediência.
O curta está chamando a atenção de muitos para questões de gênero e religião. O que você acha dessa abordagem? Deixe sua opinião nos comentários.
Facebook Comments