O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta segunda-feira que a conversa entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, foi tranquila. Em uma entrevista à TV Record, Haddad destacou que o clima era positivo e parecia haver boa vontade de ambos os lados.
“Estamos na fase da boa vontade desde a reunião da ONU”, declarou Haddad.
O ministro expressou otimismo em relação às negociações, afirmando que as tarifas impostas por Trump não têm justificativa. Ele espera que as relações comerciais avancem de maneira serena.
“Era uma medida sem amparo, fruto de desinformação que levou o governo dos Estados Unidos a crer que o Executivo brasileiro poderia influenciar a situação”, afirmou.
Tarifa e conversa entre líderes
Em agosto, Trump implementou tarifas adicionais de 40% sobre as já existentes de 10% contra o Brasil, elevando o total para 50% sobre as exportações brasileiras. A Casa Branca justifica essas tarifas alegando que o Brasil apresenta um superávit comercial em relação aos EUA, mas, na prática, a relação bilateral é deficitária para o Brasil, ou seja, o país importa mais do que exporta.
Desde o anúncio dessas tarifas, o governo brasileiro tem buscado negociar com a administração de Trump, mas até agora sem êxito.
Trump, por sua vez, admitiu que as tarifas têm uma motivação política, ligadas a uma resposta à “caça às bruxas” que estaria ocorrendo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O deputado federal Eduardo Bolsonaro chegou a viajar aos EUA para complicar as negociações entre os países.
Apesar das dificuldades, os presidentes se encontraram em Nova York durante a Assembleia Geral da ONU, onde Trump comentou que os dois tiveram uma “boa química”. Na manhã desta segunda-feira, eles se reuniram remotamente para continuar a discussão sobre as tarifas.
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