Vídeo de empresário do DF causa confusão na CPMI no INSS

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A apresentação de um vídeo do empresário Fernando Cavalcanti, do Distrito Federal, levantou controvérsias durante a audiência da CPMI do INSS, realizada na última segunda-feira (6/10). Cavalcanti é mencionado nas investigações da Polícia Federal sobre fraudes em aposentadorias e pensões. Ele foi sócio do advogado Nelson Willians, que também está sob investigação.

O escândalo envolvendo o INSS foi trazido à tona pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. Três meses depois, o portal divulgou que as arrecadações com descontos de mensalidades de aposentados saltaram para R$ 2 bilhões em um ano, enquanto associações enfrentavam milhares de ações judiciais por fraudes nas filiações.

Essas reportagens culminaram na abertura de um inquérito pela Polícia Federal, o que incentivou investigações da Controladoria-Geral da União. Ao todo, 38 matérias do portal tiveram destaque na representação que levou à Operação Sem Desconto, iniciada em 23 de abril, resultando na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Durante a audiência, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-TO) exibiu imagens de Cavalcanti em uma situação sugestiva de estar debaixo de lençóis com Nelson Willians, insinuando a natureza íntima do vídeo. Contudo, as imagens mostravam os dois sentados em uma poltrona de avião.

“O senhor está vendo o vídeo? O senhor vindo de Nova York fala sobre coragem. Não mencionou isso naquele momento?”, questionou o parlamentar ao exibir a gravação.

Chrisóstomo não se conteve e pediu explicações de maneira exaltada, envolvendo-se em uma discussão acalorada com o deputado Rogério Correia (PT-MG), a quem acusou de estar envolvido no esquema.

Ele afirmou: “O PT foi quem começou com esse roubo. Em 2023 e 2024, o teto subiu para quase R$ 13 bilhões, e o Willians ficou com R$ 4 bilhões. O presidente Trump tentou impedir isso, e agora está sofrendo por conta do PT.”

Cavalcanti se dispôs a responder perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), mas se recusou a falar com outros parlamentares da comissão. Ele admitiu não ter certeza sobre seu patrimônio e afirmou possuir entre 21 e 23 veículos de luxo, mencionando apenas que o valor total era considerável.

Empresario Fernando Cavalcanti ex socio do advogado Nelson Wilians e ouvido pela CPMI do INSS Metropoles 2

Essa audiência levanta questões importantes sobre a integridade do sistema e mostra a tensão política em torno desse caso. O que você acha de tudo isso? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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