O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) se manifestou nesta terça-feira (7) após a polêmica em torno de Laís Giselly Nunes de Araújo, de 31 anos, que foi aprovada para o cargo de analista de controle externo. Em nota oficial, o TCE-PE anunciou a suspensão de todos os atos relacionados ao concurso até que a situação seja completamente esclarecida.
O órgão expressou compromisso com a regularidade das admissões na gestão pública, afirmando que será rigoroso na defesa da lei e do interesse público, tomando todas as medidas legais necessárias.
“Diante dos fatos revelados por inquérito da PF e veiculados na imprensa sobre fraudes em concursos públicos em nível nacional e estadual, o TCE-PE e a FGV informam que já estão tomando todas as providências cabíveis junto às autoridades policiais e judiciárias para proteger a integridade do certame.”
A lista dos candidatos aprovados foi divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Laís é investigada pela Polícia Federal (PF) por sua associação a fraudes em concursos públicos. A PF alega que suas aprovações em medicina, direito, e outros cargos, que parecem impressionantes, podem ter sido conseguidas de maneira fraudulenta.
Quem é a “candidata gênio”
Laís possui um histórico de aprovações em várias instituições, que à primeira vista indicariam um desempenho excepcional. Porém, a PF investiga suas conquistas desde 2022, ligando-a a um esquema de fraudes em pelo menos 14 concursos públicos. A situação ganhou notoriedade após a análise do Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024, onde seu gabarito correspondia exatamente ao de Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar e identificado como líder de uma organização criminosa.
“A PF considera as aprovações da candidata como ‘estatisticamente improváveis’ e possui indícios fortes de sua participação nas fraudes.”
Membro da quadrilha
Durante investigações, documentos foram encontrados que ligam Laís diretamente a outros membros da organização criminosa. Sua mãe, Erika de Matos Nunes, também fez parte do grupo, atuando como captadora de candidatos. A PF revelou que não apenas mãe e filha estão envolvidas, mas também familiares de Wanderlan Limeira de Sousa, que se beneficiaram de aprovações fraudulentas.
A rede foi descoberta após uma denúncia anônima à PF. Quando foram solicitados os gabaritos da banca organizadora, uma evidência chocante foi encontrada: tanto Wanderlan quanto seu irmão Valmir Limeira de Souza acertaram 59 das 60 questões da prova, com os mesmos erros nas respostas.
Esse caso expõe a gravidade das fraudes em concursos públicos e o impacto que isso pode ter na confiança da população nas instituições. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!
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