O dólar à vista fechou em alta de 0,74%, cotado a R$ 5,3501, o maior valor de fechamento em mais de dez dias. Esse movimento foi influenciado pelo fortalecimento da moeda americana no exterior, com o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subindo para 98,63 pontos.
Entre as moedas da América Latina, o real foi a de pior desempenho, ficando atrás apenas do florim húngaro entre os emergentes. Analistas atribuem essa pressão cambial a preocupações fiscais internas e à aversão ao risco global, acentuadas pela paralisação parcial do governo dos Estados Unidos.
O Ibovespa também não teve um dia positivo, encerrando em queda de 1,57%, aos 141.356 pontos. Esse é o menor nível de fechamento desde 4 de setembro e representa a maior queda percentual desde 19 de agosto, quando o índice caiu 2,10%. O volume financeiro do pregão foi de R$ 24,4 bilhões, com uma perda acumulada de 1,97% na semana e 3,34% no mês, embora ainda registre uma alta de 17,52% no ano.
A maior parte das ações apresentou desempenho negativo, especialmente no setor financeiro e nas siderúrgicas. A CSN ON perdeu 3,78%, Usiminas PNA caiu 3,49% e Vale ON desvalorizou 1,41%. Os bancos também enfrentaram perdas, variando de 0,93% no Banco do Brasil a 2,06% no Santander. Em contraste, a Petrobras teve uma leve alta, com 0,12% nas ações ON e 0,36% nas PN, acompanhando a estabilidade nos preços do petróleo.
Apenas oito das 82 ações que compõem o índice terminaram o dia no positivo. As maiores altas foram registradas por Minerva (+1,21%), PetroReconcavo (+0,89%) e BB Seguridade (+0,79%). Por outro lado, a MRV despencou 12,12% após divulgar resultados operacionais fracos, enquanto Raízen e Vamos caíram 7,22% e 6,54%, respectivamente.
No cenário interno, investidores reagiram às modificações na Medida Provisória (MP) que altera o IOF. Segundo o texto final, a previsão de arrecadação foi reduzida para R$ 17 bilhões até 2026, cerca de R$ 3 bilhões a menos do que estimativas anteriores. Além disso, a crise política na França e as incertezas fiscais no Japão também impactaram o sentimento de risco no mercado.
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