Durante uma sessão na Câmara Municipal de Paulo Afonso, o vereador Jailson Oliveira (PP) gerou controvérsia ao fazer uma declaração forte em relação à secretária Municipal de Saúde. O ocorrido rapidamente ganhou espaço nas redes sociais e chamou a atenção dos moradores.
“Estou dando um ‘prazinho’, viu, minha conterrânea? Se não fizer o que o município precisa, é pau, é cacete e é chibata nesta tribuna. Não pense que, por ser minha conterrânea, eu vou passar a mão”, disse o vereador.
As palavras direcionadas à secretária, a quem ele se referiu como ‘conterrânea’, geraram uma onda de repúdio entre os moradores. Veja o vídeo que registra o momento.
Um ex-servidor, Itaibes Paiva, publicou uma carta aberta em apoio à secretária. Ele classifica a atitude do vereador como “agressiva, ameaçadora e profundamente desrespeitosa”.
A carta também critica a postura do vereador como “misoginia travestida de autoridade”, pedindo ações imediatas por parte da presidência da Câmara Municipal. Após a repercussão, Jailson Oliveira divulgou uma nota em que se defende.
O vereador afirmou que suas palavras não foram machistas ou ofensivas, destacando que sua cobrança estava relacionada à “atuação da gestão”, não à pessoa ou ao gênero da secretária. O Bahia Notícias tentou contatar a secretaria para uma resposta, mas ainda não obteve retorno.
Veja a nota na íntegra:
Durante minha fala na tribuna da Câmara Municipal, usei uma expressão popular ao afirmar que, caso a Secretaria de Saúde não apresente resultados, ‘o pau vai comer’, no sentido de que voltarei a cobrar com mais firmeza.
Alguns, no entanto, estão tentando distorcer o contexto, insinuando que minhas palavras teriam conotação machista ou ofensiva à secretária, o que não corresponde à verdade. Minha fala foi dirigida à atuação da gestão, e não à pessoa ou ao gênero de quem ocupa o cargo.
Tenho profundo respeito por todas as mulheres, incluindo aquelas que dedicam suas vidas ao serviço público. Sempre reconheci e defendi o papel essencial das mulheres na política, administração e outras áreas da sociedade.
A expressão que usei foi no sentido figurado, uma forma popular de enfatizar a cobrança e a insatisfação com a falta de resultados — jamais um ataque pessoal ou desrespeitoso.
Continuarei firme no meu dever de fiscalizar e cobrar o que é de direito da população de Paulo Afonso, sempre com respeito, responsabilidade e compromisso com o povo.
O que você pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.
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