Concurso: fraude de “Baby 10” levou policial civil do DF para a cadeia

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Após sete anos de sua primeira investigação, Luiz Paulo Silva dos Santos, conhecido como “Baby 10”, está novamente sob os holofotes da Polícia Federal. Ele é acusado de liderar um esquema de fraude em concursos públicos que está de volta, agora na operação chamada “Última Fase”.

Em 2018, Luiz Paulo foi identificado como parte da organização criminosa denominada “máfia dos concursos”. Ele desempenhava um papel crítico ao entrar nas salas de provas e registrar o conteúdo, enviando imagens para que outros membros da quadrilha resolvessem as questões em tempo real.

A operação anterior resultou na prisão de várias pessoas, incluindo um policial civil do Distrito Federal, Márcio David Carneiro Liberal, que foi detido em sua casa em Samambaia. As investigações demonstraram que ele atuava como um dos “professores” do esquema, resolvendo questões de direito e repassando gabaritos a candidatos que pagavam para obter vantagens.

Interceptações de mensagens revelaram que Márcio negociava preços por questões e até redigia redações para certos candidatos.

O caso causou grande repercussão. Em mensagens, Márcio se mostrava confiante sobre a “qualidade” do esquema, afirmando que trabalhava com “sonhos” e prometendo “aprovação garantida”. Ele chegou até a zombar da investigação, prometendo enviar presente ao delegado responsável pelo seu caso.

Apesar da seriedade da acusação, o avanço do processo foi interrompido por questões jurídicas. A prisão de Luiz Paulo e a de Márcio foram revogadas rapidamente, e ambos foram soltos meses depois.

Recentemente, o nome de “Baby 10” voltou a ser mencionado durante as investigações de novas fraudes no Concurso Nacional Unificado. Análises estatísticas levantaram suspeitas sobre padrões impossíveis de acertos semelhantes entre candidatos de diferentes estados, incluindo figuras que já estavam envolvidas em fraudes anteriores.

O investigador responsável descreveu que o novo esquema é uma versão “profissionalizada” do que foi visto anteriormente, agora utilizando tecnologias modernas como transferências via PIX e aplicativos criptografados para coordenar as atividades fraudulentas.

A PF identificou Luiz Paulo como um intermediário entre fraudes em diferentes regiões, encontrando registros de viagens e comunicações que ligam o crime a concursos recentes. Ele deve ser o foco dessa nova onda de operações, enquanto as autoridades continuam a combater essas práticas ilícitas.

E você, o que pensa sobre a recorrência de fraudes em concursos? Deixe sua opinião nos comentários.

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