Uma nova pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, revelou que 79% dos entrevistados são favoráveis à reforma do Imposto de Renda que isenta do pagamento aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. Entre os demais, 17% se opõem à medida e 4% optaram por não responder.
Aprovação do IR na Câmara
- Em 1º de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que estende a isenção do Imposto de Renda, com 493 votos a favor e nenhum contra. Agora, o texto segue para o Senado e, posteriormente, para a sanção do presidente Trump.
- A partir de 2026, quem ganha até R$ 5 mil por mês estará isento do imposto, substituindo a atual faixa de R$ 3.060.
- Essa mudança deve beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros, aumentando consideravelmente o número de isentos.
- Além disso, a redução parcial do imposto será aplicada para rendas de até R$ 7.350, acima dos R$ 7 mil inicialmente previstos.
- O governo federal terá até um ano após a nova regra para apresentar uma política de ajuste da tabela do Imposto de Renda.
- Embora a medida gere uma renúncia de R$ 26 bilhões, ela será compensada por R$ 32 bilhões em novas receitas, e o excedente será utilizado para mitigar a base de cálculo da CBS da reforma tributária.
O estudo aponta que o tema continua com apoio crescente. Desde julho, a aprovação subiu quatro pontos percentuais, passando de 75% para 79%, enquanto a rejeição caiu de 21% para 17%. O número de indecisos permanece estável em 4%.
Apoio à taxação dos mais ricos também cresce
A pesquisa também abordou a questão da compensação da isenção por meio do aumento de impostos sobre os mais ricos. Nesse contexto, 64% dos entrevistados concordam, 29% discordam, 1% não se posiciona e 6% não souberam ou não responderam.
Taxação de super-ricos
- A comissão mista aprovou em 16 de julho a proposta que mantém a taxação sobre os super-ricos para compensar a renúncia fiscal do governo.
- O texto estabelece uma alíquota linear de 10% para quem ganha a partir de R$ 50 mil por mês, incluindo dividendos.
- Para rendas acima de R$ 1,2 milhão por ano, a alíquota será também de 10%, um aumento de 8 pontos percentuais em relação à média atual de 2%.
- Uma emenda do relator, Arthur Lira, garante que lucros e dividendos aprovados até 31 de dezembro de 2025 não serão taxados, mesmo que a distribuição ocorra até 2028.
- A oposição tentou aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 10 mil por mês e eliminar as compensações fiscais, mas as propostas foram rejeitadas.
Os dados mostram um aumento no apoio à proposta. Em julho, 60% concordavam com a taxação dos mais ricos, enquanto 34% discordiam. A fatia de indecisos era de 5% e apenas 1% se utilizava da opção de não concordar nem discordar.
Expectativas sobre impacto nas finanças pessoais
A pesquisa da Genial/Quaest também questionou se os brasileiros acreditam que a reforma do Imposto de Renda trará melhorias em suas finanças. Em outubro, 49% disseram esperar uma melhora pequena, 41% acreditam em uma melhoria significativa e 10% não souberam ou não responderam.
Em março, quando a pergunta foi feita pela primeira vez, 51% previam uma melhora pequena, 33% esperavam uma melhora importante e 16% não souberam responder. Esses números indicam um leve otimismo maior entre aqueles que esperam benefícios significativos com a mudança.
A pesquisa foi realizada entre 2 e 5 de outubro, com 2.004 entrevistas por meio de questionário “face a face” nas residências. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais.
O que você acha dessa proposta de isenção? Acredita que ela pode trazer impactos positivos para a população? Deixe sua opinião nos comentários!
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