A direita brasileira enfrenta um momento de incerteza em relação à corrida presidencial. Sem um candidato forte no horizonte e em meio à busca por unidade e melhores propostas, a estratégia parece se resumir a uma tática: derrotar o governo na Câmara dos Deputados.
Recentemente, a Câmara decidiu não renovar a Medida Provisória que propunha uma nova taxação sobre operações financeiras, resultando em 251 votos a favor da sua caducidade. Essa medida visava gerar aproximadamente R$ 46,5 bilhões em receitas para o governo, mas agora, ele terá que lidar com uma frustração de receitas de R$ 31,6 bilhões e R$ 14,9 bilhões em restrições no orçamento.
Originalmente, a Medida Provisória pretendia aumentar a carga tributária sobre apostas e fintechs, bem como sobre alguns ativos financeiros. No entanto, a pressão do setor produtivo foi forte, levando a Câmara a recuar e deixar a medida expirar.
Agora, o governo terá que buscar novas fontes de arrecadação. Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, indicou que uma possibilidade seria liberar recursos bloqueados do orçamento, que poderiam totalizar cerca de R$ 10 bilhões, afetando inclusive emendas parlamentares.
Enquanto isso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mesmo negando oficialmente, teria orientado deputados a votarem contra a Medida Provisória. Isso reflete a estratégia de limitar boas notícias para o presidente Lula, que, após um começo de ano difícil, está se recuperando com decisões que têm agradado a população.
Uma pesquisa recente da Genial/Quaest revela que a aprovação de Lula está tecnicamente empatada com a reprovação, numa margem de 49% a 48%. Essa mudança é significativa se comparada a maio, quando a diferença era de 17 pontos. O apoio ao presidente cresceu, especialmente entre os mais ricos e nas regiões Sul e Sudeste.
Se as eleições fossem realizadas hoje, Lula venceria seus potenciais adversários. Contudo, como ainda há um longo caminho pela frente, muitos acreditam que seu principal concorrente será Tarcísio, possivelmente acompanhado de Michelle Bolsonaro como vice, que já prometeu indultar o ex-presidente Bolsonaro, caso seja eleito.
Como você vê essa situação? Quais são suas expectativas para as próximas eleições? Deixe sua opinião nos comentários.
Facebook Comments