Campeã mundial com o Brasil em 1994 e medalha de prata na Olimpíada de 1996, a Rainha Hortência reconhece que o basquete feminino não tem vivido um bom momento. Fora dos dois últimos mundiais e da última olimpíada, a equipe que já foi referência hoje precisa de uma renovação. Pelo menos essa é a avaliação que a ex-jogadora faz.
“Como o Brasil ficou fora de dois mundiais e uma Olimpíada, eu acho que seria uma boa oportunidade de fazer um grande investimento de médio a longo prazo. Uma renovação, investir em garotas mais jovens, sem a exigência de resultado agora. Temos que ter paciência para esperar a descoberta de novos talentos”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Hortência esteve presente, neste sábado (19), no II Congresso Olímpico Brasileiro, realizado em Salvador. “Esse é o momento para trocarmos informações, conhecimento. Para as pessoas entenderem como funciona, como é o tratamento de um atleta de alto rendimento, como se constrói, se planeja isso. O Brasil é muito grande, tem muitas pessoas sedentas por uma oportunidade”, comentou ela, sobre o evento.
Vale lembrar que o Brasil receberá, em setembro deste ano, a Copa América de Basquete Masculino, que não ocorria no país desde 1984 (saiba mais aqui). Salvador chegou a ser cotada como sede da competição (lembre aqui), mas as cidades escolhidas foram Recife e Brasília.
Hortência ressaltou a importância de trazer o evento, mas ponderou que é preciso obter sucesso dentro de quadra.
“Quando você vê uma pessoa ganhando, um atleta vestindo a camisa de seu país, você acaba se entusiasmando por aquilo, desde que o resultado venha. A criança quer ver o ídolo no pódio, quer ver o ídolo ganhando uma medalha. Não adianta nada você trazer uma Copa América se não tiver bons resultados através dela”, opinou.
O Brasil tem quatro títulos da Copa América, sendo o último conquistado em 2009. A competição é realizada a cada dois anos.
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