Na última segunda-feira, o governo federal anunciou uma ampliação nas demissões de indicados políticos de parlamentares que votaram contra a Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa MP foi rejeitada pela Câmara dos Deputados no dia 8 de outubro.
Entre os exonerados, destacam-se membros associados ao Progressistas (PP), do senador Ciro Nogueira, e ao Partido Social Democrático (PSD), de Gilberto Kassab. Esses líderes são vistos por articuladores do Planalto como figuras centrais na derrota da MP. De acordo com informações do Metrópoles, Kassab havia prometido 35 votos contrários ao governo.
As novas exonerações atingem a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A MP, que visava uma alternativa ao aumento do IOF, perdeu a validade ao ser retirada de pauta, afetando o equilíbrio fiscal previsto para 2026.
No governo, as demissões são vistas como uma resposta contundente aos parlamentares da base que não seguiram a orientação do Planalto. As primeiras exonerações ocorreram na sexta-feira, 10 de agosto, e afetaram indicados pelo Centrão em instituições como a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Agricultura.
José Trabulo Júnior, apoiador de Ciro Nogueira, foi afastado do cargo de consultor da presidência da Caixa. Essa mudança também afetou a vice-presidência de Sustentabilidade e Cidadania Digital do banco, resultando na exoneração de Paulo Rodrigo de Lemos, indicado por lideranças do PL.
O governo também exonerou indicados por deputados federais de superintendências estaduais do Ministério da Agricultura, em estados como Paraná e Maranhão, onde toda a bancada do PSD votou contra a MP. Situações semelhantes ocorreram no Pará e em Minas Gerais, onde os parlamentares do partido se dividiram na votação.
Além disso, a superintendência do DNIT em Roraima também teve mudanças, após a deputada Helena Lima (MDB-RR), responsável pela indicação, votar contra a MP. Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, revelou que está avaliando as nomeações de deputados que se opuseram ao governo durante a votação, iniciando uma reorganização da base no Congresso.
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