A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o envio de técnicos ao Paraná para investigar as causas do apagão que atingiu todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. O apagão ocorreu na madrugada de terça-feira (14) e teve origem em um incêndio na subestação de Bateias, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.

O incidente começou por volta de 0h32 em um reator da subestação, causando uma reação em cadeia no Sistema Interligado Nacional (SIN). O fornecimento de energia foi gradualmente restabelecido, com as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste recuperando o fornecimento até 1h30, enquanto o Sul teve a energia restaurada por volta das 2h30.

Em nota, a Aneel informou que seus fiscais realizarão uma inspeção na subestação e abrirão processos para apurar responsabilidades. A fiscalização visa entender os eventos que levaram à interrupção. O Ministério de Minas e Energia (MME) também confirmou que as causas do incêndio estão sendo investigadas. O evento resultou no desligamento de cerca de 10 mil megawatts de carga, mas o sistema se recuperou rapidamente, superando outras ocorrências semelhantes.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o apagão não se deve à falta de energia, mas a um problema técnico na infraestrutura de transmissão. “Não é falta de energia. É um problema na infraestrutura que transmite a energia. Temos um sistema robusto e obras de reforço em andamento em todo o país”, afirmou em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.

Especialistas enfatizam que o incêndio deve ser investigado em detalhes, analisando minuciosamente os equipamentos da subestação. A preocupação é entender por que um problema localizado não foi contido pelos mecanismos de proteção, permitindo que o defeito se espalhasse por todo o sistema elétrico nacional. Até o momento, as autoridades descartam a hipótese de sabotagem, com a principal linha de apuração apontando para uma falha pontual nos equipamentos da subestação paranaense.

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