Após algumas vitórias do governo Lula, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) avançou nesta quinta-feira (16/10). A comissão rejeitou a convocação de Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Sindnapi) e irmão do presidente.
O assessor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familia (Conafer), Cícero Marcelino de Souza Santos, começou a depor às 14h15 e estava respondendo aos questionamentos do relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).
De acordo com investigações da Polícia Federal, Cícero era responsável por intermediar contatos entre entidades investigadas e servidores do INSS. Ele é apontado como possível operador da Conafer, que também está sendo investigada.
Escândalo nas Finanças do INSS
- O escândalo do INSS foi descoberto pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023.
- Três meses depois, foi revelado que as arrecadações de entidades com descontos de mensalidade de aposentados cresceram, totalizando R$ 2 bilhões no ano, mesmo com milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
- As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de um inquérito pela Polícia Federal e ajudaram nas investigações da Controladoria-Geral da União (CGU).
- No total, 38 matérias foram citadas pela PF na representação que resultou na Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, culminando nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Nesta manhã, além da rejeição da convocação de Frei Chico, o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-ministro Carlos Lupi também foi retirado de pauta. O pedido de prisão preventiva do presidente do Sindnapi, Milton Cavalo Batista, também foi negado.
O Sindnapi foi alvo de uma operação da PF na última quinta-feira (9/10) a respeito de descontos irregulares. A CPMI também aprovou a quebra de sigilo do advogado Eli Cohen, um dos primeiros a denunciar as fraudes no INSS. Entretanto, as investigações nas contas da publicitária Danielle Fonteles, que recebeu pagamentos de Antonio Carlos Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, foram rejeitadas.
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