John Bolton, ex-assessor de segurança nacional de Donald Trump, declarou-se não culpado nesta sexta-feira, 17 de outubro, das acusações de manipulação indevida de informações confidenciais. O diplomata, de 76 anos, se apresentou em um tribunal federal em Greenbelt, Maryland, onde enfrentou 18 acusações relacionadas à transmissão e retenção de dados confidenciais.
Bolton afirmou em um comunicado que se tornou o alvo do Departamento de Justiça, que estaria perseguindo aqueles que considera inimigos. Em junho de 2020, ele lançou um livro sobre seus 17 meses no governo de Trump, descrevendo o presidente como “incapaz” de liderar os Estados Unidos. Trump, por sua vez, já expressou, durante sua campanha, o desejo de retaliar seus opositores.
As acusações contra Bolton envolvem o compartilhamento de mais de mil páginas de documentos sobre suas atividades diárias sem autorização de segurança. Segundo a imprensa, ele teria transmitido essas informações para sua esposa e filha através de contas de e-mail pessoais. Em julho de 2021, um hack ocorrido em uma de suas contas de e-mail foi reportado ao FBI, com indícios de que o hacker poderia estar ligado ao Irã, país que Bolton defendia uma política de linha dura.
Em uma busca realizada na residência de Bolton em agosto, o FBI encontrou documentos relacionados à defesa nacional. Em 2020, a Casa Branca tentou barrar a publicação do livro de Bolton, alegando preocupações de segurança nacional.
O caso de Bolton se insere em um contexto mais amplo de processos que envolvem ex-oficiais de Trump, incluindo o ex-diretor do FBI, James Comey. A situação continua a gerar discussões na cidade, refletindo os desdobramentos e tensões políticas atualmente em curso.
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