O que gostaríamos de ver nas próximas temporadas de Monstro na Netflix?

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A série Monstro, criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, se destacou como uma das produções mais controversas da Netflix. Ao revisitar crimes reais sob uma perspectiva social e psicológica, a série trouxe à tona histórias de assassinos conhecidos, como Jeffrey Dahmer, os irmãos Menendez e Ed Gein.

A quarta temporada já foi confirmada, e ela explorará a história de Lizzie Borden, a mulher acusada de matar seu pai e madrasta em 1892. O sucesso da antologia levanta questões sobre futuras direções: quais temas e figuras podem ser abordados para enriquecer ainda mais a narrativa?

Imagem de Ed Gein
Monstro: A História de Ed Gein / Crédito: Netflix (reprodução)

O que gostaríamos de ver nas próximas temporadas de Monstro na Netflix?

Até agora, todas as temporadas de Monstro focaram em homens, abordando questões como poder e repressão social. A quarta temporada trará uma mudança significativa, com Lizzie Borden, interpretada por Ella Beatty, se tornando a primeira protagonista feminina da série.

A vez das assassinas

Lizzie Borden e Ella Beatty
Lizzie Borden (domínio público) e a atriz Ella Beatty (IMDB), que vai interpretar a assassina na próxima temporada

Lizzie Borden, nascida em 1860 em Fall River, Massachusetts, foi acusada de matar seus pais em 1892. Mesmo com evidências circunstanciais, ela foi absolvida em 1893. O caso ainda gera mistério nos Estados Unidos.

Ryan Murphy declarou à Variety que o novo ciclo se concentrará em “mulheres rotuladas como monstros”, incluindo outras figuras históricas como Elizabeth Báthory e Aileen Wuornos. O foco da série não é glorificar a violência, mas investigar os limites entre culpa, percepção pública e gênero.

Essa escolha alinha-se bem com a proposta original da série, que analisa como a sociedade constrói a ideia de “monstro”. Mas será que essa mudança é suficiente para reenergizar a narrativa? Quais outras direções a série pode tomar?

Outros casos emblemáticos dos EUA

Imagem do filme Ted Bundy
Imagem do filme “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”, disponível no Amazon Prime Video / Crédito: Prime Video (divulgação/reprodução)

Os criadores sempre pregaram que o foco não é apenas o choque, mas o impacto social e psicológico dos crimes. Eles já afirmaram que não têm interesse em retratar casos como o de Ted Bundy ou John Wayne Gacy, que consideram centrados na “violência sem propósito”.

Diante disso, os fãs especulam sobre quais outros casos poderiam ser explorados:

  • Albert Henry DeSalvo (O Estrangulador de Boston): matou 13 mulheres nos anos 1960, sua história é perfeita para um suspense.
  • Gary Ridgway (O Estrangulador do Green River): assassinou dezenas de mulheres entre os anos 1980 e 1990, apresentando uma complexidade dramática interessante.
  • Gerard Schaefer (O policial assassino): atraía jovens vítimas, garantindo um enredo psicológico intenso.

Além dos EUA: monstros de outros países

Monstros Irmãos Menendez
Monstros Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais / Crédito: Netflix (divulgação)

Um ponto importante é que até agora, todas as temporadas focaram em crimes nos Estados Unidos. Embora faça sentido por serem uma produção americana, isso pode limitar o potencial da série.

Explorar crimes de outros países poderia oferecer novas perspectivas e enriquecer a narrativa, inserindo questões culturais sobre como diferentes sociedades lidam com tais tragédias.

Exemplos de casos internacionais incluem:

  • Andrei Chikatilo (Rússia): conhecido como “O Açougueiro de Rostov”, matou mais de 50 pessoas entre as décadas de 1970 e 1990.
  • Pedro Alonso López (Colômbia, Equador e Peru): chamado de “O Monstro dos Andes”, responsável por cerca de 300 assassinatos de meninas.
  • Harold Shipman (Reino Unido): conhecido como “Dr. Morte”, matou mais de 250 pacientes.
  • Jack Unterweger (Áustria): escritor e assassino que matou ao menos 11 prostitutas.
  • Charles Sobhraj (França/Índia/Nepal): “O Serpente”, seduzia e matava mochileiros; libertado em 2022.
  • Tsutomu Miyazaki (Japão): “O Assassino Otaku”, responsável por quatro assassinatos de meninas.
  • Gilles de Rais (França): “O Primeiro Serial Killer”, executado por assassinar e torturar crianças.

E como poderia ser Monstro, versão brasileira?

A Menina Que Matou Os Pais
O caso de Richthofen recebeu adaptações em filmes, como “A Menina Que Matou os Pais” / Divulgação: Prime Video

Vários casos brasileiros poderiam ser adaptados se a Netflix decidir produzir uma versão local de Monstro. Embora ainda não haja planos para isso, a ideia não é impossível, especialmente após o sucesso de “Round 6”.

  • Pedro Rodrigues Filho (Pedrinho Matador): considerado o maior serial killer do Brasil.
  • Suzane von Richthofen: condenada pelo assassinato dos próprios pais.
  • Francisco de Assis Rocha (Maníaco do Parque): serial killer que atacava mulheres em parques de São Paulo nos anos 1990.
  • João Acácio Pereira da Costa (Andando da Luz Vermelha): responsável por uma série de assassinatos no interior do Brasil.
  • Marcelo Costa de Andrade (Vampiro de Niterói): condenado por matar 14 crianças nos anos 80 e 90.

Temporadas com mais de um caso

Monstro: Dahmer
Monstro: Dahmer / Crédito: Netflix (reprodução)

Uma temporada que aborde mais de um caso poderia ampliar ainda mais a narrativa da série. Algumas histórias poderiam ser contadas em dois ou três episódios, permitindo uma exploração mais intensa de diferentes formas de “monstruosidade”.

Essa abordagem traria à tona casos menos conhecidos, mas igualmente impactantes, tornando a produção mais abrangente e intrigante.

Se você pudesse decidir o rumo de Monstro, o que mudaria na próxima temporada?

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