A Polícia Federal (PF) desarticulou, neste domingo, uma operação que visava combater fraudes em concursos de residência médica em todo o país. Um grupo criminoso estava cobrando R$ 140 mil por aprovação em casos de sucesso.
Os suspeitos se preparavam para fraudar o Exame Nacional de Acesso à Residência Médica (Enamed), que ocorreu no mesmo dia. A operação teve o apoio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo a PF, o esquema funcionava de duas maneiras principais: transmitindo as respostas corretas para os candidatos por dispositivos eletrônicos e utilizando “laranjas”, ou seja, pessoas que faziam a prova no lugar dos verdadeiros candidatos usando documentos falsos.
Em caso de aprovação, o grupo cobrava R$ 140 mil por candidato. Os resultados seriam utilizados por estudantes de medicina para ingressar nos programas de residência médica.
Durante a operação, agentes da PF cumpriram um mandado de busca na residência de um dos candidatos suspeitos no Rio de Janeiro, enquanto outras equipes realizavam buscas pessoais após o término da prova. No total, cinco pessoas foram presas — quatro homens e uma mulher.
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A PF também prendeu três homens em um hotel em Juiz de Fora (MG), responsáveis por transmitir as respostas via dispositivos eletrônicos para os candidatos que faziam a prova nas salas de aplicação.
Equipamentos usados para transmissão de dados foram apreendidos, levando às prisões em flagrante. Os envolvidos foram levados à Delegacia da Polícia Federal de Juiz de Fora para prestar depoimentos. Os dispositivos apreendidos passarão por perícia técnica.
Os investigados podem enfrentar penas por fraude em certame de interesse público, associação criminosa e falsidade ideológica, totalizando até 10 anos de reclusão, além de multas.
O que você acha dessa situação? Deixe sua opinião e vamos discutir esse caso que levanta questões importantes sobre a integridade nos processos de seleção na área médica.
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