No dia 21 de outubro de 2025, especialistas em direitos humanos das Nações Unidas alertaram que as ações encobertas e as possíveis ameaças de uso da força pelos Estados Unidos contra a Venezuela representam uma violação da soberania do país e da Carta da ONU. Esta afirmação surge em um contexto de crescente tensão, com autoridades venezuelanas denunciando uma “escalada de agressões” em resposta às movimentações militares dos EUA no Caribe.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou recentemente a autorização de operações da CIA contra a Venezuela, levantando preocupações sobre possíveis intervenções. Os especialistas do Conselho de Direitos Humanos da ONU, embora independentes, expressaram que tais ações infringem as normas internacionais que proíbem a intervenção em assuntos internos de outra nação e a ameaça de uso da força.
Eles caracterizaram essa postura como uma escalada perigosa, que apresenta sérios riscos para a paz e a segurança na região do Caribe. A Venezuela aproveitou a oportunidade para reafirmar a importância desse comunicado, apelando por um diálogo construtivo com os EUA. O chanceler venezuelano, Yván Gil, comentou que as declarações dos especialistas validam as queixas do país, apontando que os EUA criam inimigos para justificar ações que resultam em massacres nas águas caribenhas.
Trump está conduzindo uma campanha militar sem precedentes, que, segundo ele, visa combater o tráfico de drogas oriundo da América Latina. Recentemente, o governo dos EUA reportou sete ataques no Caribe a embarcações suspeitas de estarem envolvidas com o tráfico, resultando na morte de pelo menos 32 pessoas.
Os especialistas da ONU alertam que, mesmo que as acusações sobre o tráfico sejam verdadeiras, o uso da força letal em águas internacionais, sem justificativa legal adequada, configura uma violação do direito internacional do mar. Eles enfatizam que grupos como o Tren de Aragua, rotulados por Trump como organizações “terroristas”, não representam uma ameaça direta aos Estados Unidos, o que inviabilizaria a invocação do direito à defesa legítima.
Além disso, destacam que a história de intervenções externas na América Latina não deve se repetir, enfatizando a necessidade de respeito à soberania dos países da região. O futuro das relações entre a Venezuela e os Estados Unidos parece incerto, mas é evidente que o diálogo é crucial neste contexto.
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