O comissário da NBA, Adam Silver, anunciou que as jogadoras da WNBA, a liga feminina de basquete dos Estados Unidos, devem receber aumentos significativos de salário no próximo acordo coletivo de trabalho (CBA), que vai substituir o atual que expira em 31 de outubro. Em uma entrevista ao programa Today, da NBC, Silver enfatizou que as atletas “merecem” esse reconhecimento.
O CBA define as regras sobre salários, benefícios, horários, direitos de imagem, férias, teto salarial e participação na receita da liga. Embora as jogadoras tenham contratos individuais dentro dessas regras, o acordo coletivo estabelece as diretrizes gerais.
Atualmente, as jogadoras da WNBA recebem aproximadamente 9% da receita da liga, enquanto na NBA esse percentual gira em torno de 50%. Os salários femininos variam de US$ 66 mil a US$ 249 mil, com um teto salarial de US$ 1,5 milhão por time.
Silver explicou que essa diferença se deve ao tamanho e à estrutura financeira das ligas, tornando inadequada a comparação direta entre as porcentagens. “Deveríamos olhar para os números absolutos, em termos do que elas estão ganhando. E elas devem esperar um grande aumento neste ciclo de negociações,” afirmou.
As negociações para o novo CBA já começaram, e espera-se que um acordo seja alcançado antes do início da temporada de 2026. Além dos aumentos salariais, as jogadoras buscam melhorias em benefícios, um teto salarial mais flexível e um sistema de divisão de receitas mais equitativo.
A diferença salarial entre a NBA e a WNBA destaca os desafios em termos de receita, visibilidade e investimento ao longo da história no basquete masculino e feminino nos Estados Unidos. Enquanto LeBron James, estrela dos Los Angeles Lakers, ganha mais de US$ 52 milhões por temporada, A’ja Wilson, referência do Las Vegas Aces e múltipla MVP da WNBA, recebe cerca de US$ 200 mil. Essa diferença, que ultrapassa 260 vezes, ilustra bem a realidade financeira de cada liga.
E você, o que acha sobre essa disparidade salarial? Acredita que o aumento nos salários pode trazer mais visibilidade para a WNBA? Compartilhe sua opinião!
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