Kuala Lumpur – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe de ministros assinaram sete acordos de cooperação com a Malásia no último sábado (25/10).
O Brasil é um dos convidados para a 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que ocorre até a próxima semana. Existe a expectativa de um encontro entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A comitiva do presidente inclui os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Os acordos firmados abrangem diversas áreas de colaboração, como:
- Indústria de semicondutores;
- Ciência, tecnologia e inovação;
- Colaboração entre a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e o Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais da Malásia (Isis-Malaysia);
- Parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Aplicado da Malásia (MImos);
- Cooperação entre o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer e o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Aplicado da Malásia;
Além disso, foi assinada uma carta de intenções entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola da Malásia (Mardi), bem como uma troca de notas visando a formação de diplomatas.
De olho na Ásia
A visita de Lula atrai atenção principalmente pelo encontro esperado com Trump, programado para o próximo domingo (26/10) na Malásia. Antes desse compromisso, o presidente e sua equipe iniciaram as reuniões na Indonésia para buscar novos acordos comerciais.
O mercado asiático tem despertado grande interesse no setor pecuarista brasileiro. Antes visto como uma opção, agora é uma necessidade, especialmente devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.
O mercado asiático valoriza partes de animais que não são tão apreciadas no Ocidente, como miúdos bovinos. Por exemplo, uma língua de boi no Japão pode ultrapassar os US$ 10 por quilo, enquanto o Brasil exporta esse mesmo produto a cerca de US$ 2 o quilo.
Por outro lado, a abertura do mercado asiático para a carne brasileira ainda enfrenta várias barreiras comerciais, mas estão sendo superadas lentamente. A última conquista foi a abertura de um novo mercado para exportação na Indonésia, em agosto.

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