A Justiça da Bahia determinou a interdição da CT Vidas, uma unidade terapêutica em Ipiranga, a pedido do Ministério Público (MP-BA). A ação, realizada na quinta-feira (23), contou com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar. No local, 89 pessoas em situação de vulnerabilidade foram encontradas, incluindo idosos e indivíduos com transtornos mentais, vivendo em condições degradantes e sob relatos de maus-tratos.
Os promotores do MP-BA receberam denúncias de maus-tratos, negligência, alimentação precária e internações ilegais. Inspeções revelaram um cenário alarmante, com portas trancadas, banheiros sujos, lixo acumulado e quartos sem ventilação. Além disso, havia registros de exploração de trabalho não remunerado, com funcionários vivendo em condições precárias.
Na sexta-feira (24), os promotores Leandro Ribeiro e Laise Carneiro se reuniram com representantes de Ipiranga para discutir a criação de uma comissão interventora provisória. O principal objetivo é garantir tratamento médico e o retorno dos internos às suas famílias. Outra visita à unidade confirmou que os serviços de saúde e assistência social já estavam realizando triagens médicas dos acolhidos.
A decisão judicial impede os responsáveis pela CT Vidas de administrar qualquer entidade de acolhimento no país e determina a busca de documentos e cartões de benefícios dos internos. O município de Ipiranga deverá assumir a gestão da unidade em até 15 dias, assegurando alimentação, higiene e cuidados médicos. O processo de retorno dos acolhidos para suas casas deve ser finalizado em 30 dias. A operação contou com o apoio do delegado Atilano Teixeira Campos e do major Giliam Silva, comandante da 98ª Companhia Independente da Polícia Militar.
Essa situação traz à tona questões importantes sobre o tratamento de pessoas em vulnerabilidade. O que você pensa sobre a abordagem das autoridades nesse caso? Deixe sua opinião nos comentários.

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