A Polícia Federal revelou que a advogada Lia Rachel de Sousa Pereira Santos, filha do desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, José James Gomes Pereira, recebeu uma casa avaliada em R$ 2 milhões como propina. Segundo um relatório da PF, essa transação estaria ligada a um esquema de compra e venda de sentenças operado pelo desembargador.
As investigações indicam que Lia e seu pai foram alvos de mandados de busca e apreensão no início deste mês. Essa ação faz parte de uma operação que investiga grilagem de terras no Piauí, envolvendo decisões judiciais possivelmente negociadas dentro do tribunal, afetando também empresários e advogados.
O relatório aponta que a advogada tinha influência direta sobre processos importantes que tramitavam no gabinete do pai, especialmente aqueles que envolviam seus interesses.
O documento da PF menciona que, além dos valores que foram creditados em sua conta pela venda das decisões judiciais, Lia ocultou a origem ilícita dos pagamentos feitos por essas transações. Parte do dinheiro teria sido recebida por meio de pagamentos aos vendedores da casa adquirida no Condomínio Aldebaran Ville, em Teresina.
A PF ainda indicou que, da propina recebida pela venda de decisões judiciais, pelo menos R$ 800 mil foram dissimulados para esconder a origem ilícita do dinheiro.
Esse caso ressalta a gravidade das acusações contra figuras proeminentes do sistema judiciário e levanta questões importantes sobre a transparência e a ética nas decisões judiciais. O que você pensa sobre essas revelações? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.

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