O cantor Zezé Di Camargo conquistou uma importante vitória judicial contra o Facebook. O processo foi motivado pelo uso não autorizado de sua imagem e voz em vídeos falsos, manipulados por inteligência artificial, no Instagram. A decisão favorável ao cantor, que ocorreu no início de outubro de 2025, determinou a remoção definitiva desse conteúdo das plataformas.
A ação judicial foi iniciada em setembro, quando Zezé descobriu perfis no Instagram compartilhando um vídeo que simulava um apoio político ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, usando sua imagem sem permissão.
A notícia sobre a vitória foi divulgada pela coluna Fábia Oliveira, destacando que o julgamento foi realizado de forma antecipada, sem seguir o processo usual do Judiciário brasileiro.
Na sentença, o juiz argumentou que o uso indevido da imagem de Zezé para promover um discurso político mentiroso poderia prejudicar sua credibilidade junto ao público. Ele também ordenou que o Facebook, responsável pelo Instagram, fornecesse dados para identificar os criadores e disseminadores do conteúdo falso.
Matheus Pupo e João Mazzieiro, advogados do cantor, afirmaram à coluna que “o uso de inteligência artificial para manipulação de imagens e vídeos (deepfake) é ilegal e será constantemente combatido pelo artista”. Eles também informaram que o Instagram foi obrigado a fornecer dados que ajudarão a identificar os responsáveis, que enfrentarão ações nas esferas cível e criminal.
Com a identificação dos envolvidos no uso indevido de sua imagem e voz, Zezé Di Camargo poderá processá-los individualmente. Este caso traz à tona os desafios legais que surgem com o uso de tecnologias de IA para criar conteúdos políticos falsos.
O que você acha sobre o uso de IA nesse contexto? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão essencial sobre a ética e a legalidade na era digital.

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