Rodrigo Paz, o novo presidente da Bolívia, fez declarações contundentes sobre a presença de líderes de regimes considerados autoritários em sua cerimônia de posse. Em resposta a críticas de Nicolás Maduro, o futuro presidente, que toma posse em 8 de novembro, disse não desejar a presença do mandatário venezuelano, de Cuba e da Nicarágua, pois não os vê como representantes da democracia.
Paz, que pertence ao espectro político de centro-direita, indicou que seu governo significará uma mudança significativa em relação aos últimos 20 anos de administração da esquerda, marcada por Evo Morales e Luis Arce. Durante este período, a Bolívia se alinhou com regime de Caracas, Havana e Manágua, distanciando-se dos Estados Unidos.
Na segunda-feira, Maduro acusou Paz de traição e defendeu que os três países enfrentaram uma “agressão descarada e injustificada”. Em suas redes sociais, Paz expressou seu desejo de construir um “país melhor, sem ódios, divisões ou perseguições”, reafirmando os valores de democracia e liberdade como essenciais para a Bolívia. “Você, senhor Maduro, representa o contrário”, destacou.
Paz também revelou que, durante seu exílio na Venezuela na década de 1970, foi acolhido pelo povo local, e por isso é “eternamente grato”. Além disso, nesta semana, ele viajará aos Estados Unidos para restabelecer relações diplomáticas cortadas em 2008 durante o governo de Morales, e para buscar apoio de organizações financeiras internacionais, que foram desconsideradas pelos últimos governos de esquerda.
Esses movimentos indicam um novo capítulo nas relações da Bolívia com seus vizinhos e a comunidade internacional. O que você acha dessas declarações de Rodrigo Paz? Deixe sua opinião nos comentários.

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