O poder bélico do CV: de fuzis a drones, o arsenal que desafia o Estado

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Uma das maiores operações policiais já realizadas no Rio de Janeiro ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, revelando uma nova escalada no confronto entre o Estado e o Comando Vermelho (CV). As forças de segurança enfrentaram uma organização armada que está se equipando de formas inovadoras.

Durante a ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes civis e militares, os criminosos não apenas mostraram um vasto arsenal de fuzis, mas também utilizaram drones adaptados para lançar explosivos. Essa tática, inédita em operações dessa grandeza, complicou significativamente a atuação da polícia.

O resultado inicial da operação foi a apreensão de mais de 90 armas, incluindo fuzis de guerra, além de uma quantidade substancial de munição e explosivos. O que se observou foi o que investigadores já haviam indicado: o CV detém poder de fogo suficiente para enfrentar forças de elite de forma coordenada e duradoura.

Drones como ferramenta de combate

O uso de drones representou uma estratégia ousada da facção. Esses dispositivos foram utilizados para lançar granadas e outros artefatos explosivos sobre as equipes de segurança, visando causar danos em pontos estratégicos durante o avanço das forças policiais.

O recurso permite acompanhar em tempo real o deslocamento das equipes, atacar locais improvisados e desorganizar o planejamento dos policiais.

Essa tecnologia também oferece um ganho psicológico relevante, demonstrando que o crime está se adaptando rapidamente e dominando técnicas de guerra urbana típicas de conflitos internacionais.

Megaoperacao contra o Comando Vermelho deflagrada no Rio de Janeiro complexos do Alemao e da Penha na zona norte Metropoles 9 scaled

Capacidade militar em expansão

A apreensão recente de fuzis confirma o que o setor de Inteligência já havia apontado: a presença de armamento pesado do CV não é um caso isolado. A facção mantém um fluxo constante de armas e munições, o que sustenta vigilâncias armadas em rotas estratégicas e resistência em áreas de mata.

Conflito de versões e falhas de integração

A demonstração de força do CV gerou reações políticas imediatas. O governador Cláudio Castro (PL) declarou que o Rio está “sozinho” na luta contra as facções, solicitando maior intervenção federal, especialmente em relação ao empréstimo de blindados das Forças Armadas.

Por sua vez, o Ministério da Justiça respondeu afirmando que atendeu a todos os pedidos feitos oficialmente pelo governo estadual, e destacou as operações realizadas pela Polícia Federal e os recursos federais disponíveis para a segurança pública no Rio.

Esse cenário complexo levanta questões importantes sobre a eficácia da segurança pública e a luta constante contra organizações criminosas. O que você acha sobre a atuação das forças de segurança no Rio? Sinta-se à vontade para compartilhar sua opinião nos comentários abaixo.

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