O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou-se nas redes sociais sobre a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que resultou em um número alarmante de mortes. Em um vídeo transmitido na quarta-feira, 29 de outubro, ele classificou o evento como uma “barbárie” após a operação contra o Comando Vermelho nos Complexos da Penha e do Alemão.
“Essas lutas contra as gangues não são nada além de barbárie; o mundo da morte está tomando conta da política”, afirmou Petro, chamando atenção para a violência crescente. A ação é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro e do século 21 no Brasil, com ao menos 119 mortes reportadas até o momento.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresenta um número ainda maior, com 132 mortos, incluindo quatro policiais, dois militares e dois civis. Em contraste, o governo do Rio informou que 113 pessoas foram presas e que o objetivo da operação era desarticular a estrutura do Comando Vermelho, grupo que controla diversas áreas da capital fluminense.
O governador Cláudio Castro (PL) também comentou a operação, ressaltando que os agentes de segurança que faleceram foram vítimas de “narcoterroristas”. Ele classificou a operação como um “dia histórico no combate ao crime organizado” no estado.
Corpos expostos e policiamento reforçado
Na madrugada de quarta-feira, moradores do Complexo da Penha levaram 72 corpos para a Praça São Lucas. Os cadáveres estavam em áreas de mata entre os complexos, resultado dos confrontos durante a operação. As marcas de tiros e ferimentos em alguns corpos geraram revolta, levando familiares e amigos a se reunirem para tentar identificar os mortos.
Em resposta à situação, o governo do Rio anunciou um reforço no policiamento nas ruas da cidade. Agentes administrativos da Polícia Militar foram realocados, o que representa um aumento de mais de 40% no efetivo policial, focando em áreas críticas da cidade.
Com a crise se acentuando, consulados de vários países, incluindo os Estados Unidos, México, França e Alemanha, emitiram avisos de segurança para seus cidadãos no Rio de Janeiro.
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