Um tribunal em Pietermaritzburg chegou a uma importante conclusão: Albert Luthuli, ex-líder do Congresso Nacional Africano (CNA) e Prêmio Nobel da Paz, foi assassinado por agentes do Estado do Apartheid em 1967. Essa decisão, anunciada nesta quinta-feira, desafia a versão oficial da época, que atribuía a sua morte a um acidente ferroviário.
O julgamento revelou que Luthuli foi alvo de “uma agressão por membros do braço especial de segurança da polícia sul-africana, agindo em conjunto com funcionários da companhia ferroviária”. Luthuli faleceu em 21 de julho de 1967, oficialmente após ser atingido por um trem. Essa narrativa sempre foi contestada por sua família e apoiadores.
A investigação sobre as circunstâncias de sua morte foi reaberta em abril, no contexto de um reexame das violações políticas ocorridas durante o regime segregacionista, que durou até o início dos anos 1990.
Albert Luthuli presidiu o CNA de 1952 até sua morte, período em que o partido foi banido pelo regime do Apartheid em 1960. Durante a cerimônia do Prêmio Nobel da Paz em 1961, em Oslo, Luthuli fez uma defesa convincente da não-violência.
O CNA comemorou o que chamou de “julgamento histórico”, que “corrige uma antiga distorção da história” ao reconhecer Luthuli como “vítima de um assassinato aprovado pelo Estado”. Sandile Luthuli, neto do Nobel, expressou à televisão local EWN que a família estava “cheia de alegria” com a decisão do tribunal.
Essa nova visão sobre a morte de Luthuli é um marco para a história da África do Sul e para a luta contra o Apartheid. O que você acha dessas novas descobertas? Compartilhe sua opinião!



 
                                    
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